Suspeito de matar companheira e filho em SC é denunciado pelo Ministério Público
Denúncia foi apresentada à Justiça nesta sexta-feira
Denúncia foi apresentada à Justiça nesta sexta-feira
Após o fim do inquérito policial, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) apresentou à Justiça, na tarde desta sexta-feira, 26, a denúncia criminal contra Kelber Henrique Pereira, suspeito de ter matado a companheira, Jéssica Ballock, de 23 anos, e o filho Théo Pereira, de três meses, em julho deste ano. Ele foi denunciado pela prática de dois homicídios qualificados e apropriação indébita.
A denúncia apresentada pela 8ª Promotoria de Justiça de Blumenau aponta que os dois homicídios foram qualificados pelo uso de meio cruel e sem possibilidade de defesa. No caso da companheira, foi também imputado feminicídio e, no caso do bebê, qualificado também por motivo torpe e praticado contra menor de 14 anos.
Conforme o promotor de Justiça Átila Guastalla Lopes, além dos dois homicídios, o homem também teria praticado o crime de apropriação indébita, pois para perpetrar a fuga teria se apropriado do veículo de propriedade da empresa para a qual o acusado trabalhava.
Em depoimento, Kelber disse não saber porque cometeu o crime.
O crime ocorreu no dia 24 de julho, em horário não esclarecido, no bairro Velha Central. Segundo elementos da investigação, o homem primeiro teria matado a companheira, inicialmente asfixiando-a enquanto ela dormia, e em seguida a esfaqueou no pescoço.
Na sequência, decidiu matar a criança, por alegar não ter como cuidar do bebê de três meses sem a genitora. Da mesma forma que fez com a mãe, matou o bebê com várias facadas no pescoço.
Após matar as duas vítimas, o acusado pegou o outro filho do casal, de quase 2 anos, e fugiu para São Paulo no carro da empresa para a qual trabalhava, que estava sob sua posse para efetuar um serviço em Itajaí.
Kelber foi detido em uma cidade no interior de São Paulo. A prisão temporária foi convertida em prisão preventiva nesta quarta-feira, 24, após manifestação do MP-SC neste sentido. Ele está atualmente recolhido no Presídio Regional de Blumenau.
Assim que a denúncia for recebida pela Justiça, o acusado passa a ser formalmente réu em ação penal, em que terá amplo direito à defesa e ao contraditório.