“Temos as piores avaliações de fluidez”: situação da BR-101 em SC é discutida em evento em Joinville
Encontro reuniu empresários, políticos e entidades
A situação da BR-101 em Santa Catarina foi tema de um fórum realizado em Joinville na última quinta-feira, 7. O encontro aconteceu na sede do Sest Senati e reuniu especialistas, empresários, políticos e representantes das entidades que organizam o debate, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc).
A ideia do evento é proporcionar um espaço para o diálogo e a construção coletiva de soluções. ““A importância dessa iniciativa é a proximidade com os empresários. Trata-se de uma oportunidade de conhecer a base deles e entender as demandas. Assim, podemos defendê-las em Brasília”, afirma o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa.
“A infraestrutura de Santa Catarina tem suas dificuldades. Temos apenas uma rodovia duplicada, todas as demais são simples”, diz o deputado federal Valdir Cobalchini (MDB).
Os números da última edição da Pesquisa CNT de Rodovias, apresentados pelo diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, mostram que é necessário dar continuidade aos investimentos em infraestrutura rodoviária no estado para, em um primeiro momento, recuperar as rodovias, com ações emergenciais de restauração, reconstrução e manutenção.
O presidente do Conselho Regional do Sest Senat, Dagnor Schneider, ressalta a necessidade de continuidade do projeto da rodovia paralela à BR-101, ligando Joinville a Biguaçu. “Temos os piores níveis de serviço na BR-101 Norte com notas E e F, ou seja, as piores avaliações de fluidez do trânsito. Isso impacta em R$ 550 milhões por ano em custo adicional ao setor de transporte”, afirma.
BR-101 Norte
Para os convidados da região, os desafios estão concentrados na BR-101 Norte, que é rota turística e liga Santa Catarina ao resto do país. Por ela, escoam 68% do PIB catarinense, o equivalente a 38,6 bilhões de dólares, entre exportações e importações.
Porém, a rodovia atingiu o limite de sua capacidade e atualmente é lenta e perigosa. Os principais gargalos ocorrem nos trechos entre Joinville, Penha, Navegantes, Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Biguaçu, São José e Palhoça.
“Percebam como isso traz um impacto negativo para a imagem do transporte de passageiros”, reforça Felipe Busnardo Gulin, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Fepasc). Segundo ele, tão importante quanto renovar a frota é o investimento em infraestrutura.
Nessa primeira etapa do fórum, também debateram o prefeito de Joinville, Adriano Silva, que enfatizou o papel da livre iniciativa no desenvolvimento do município; e o deputado estadual Antídio Lunelli, presidente da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano na Alesc, que expôs a preponderância excessiva do modal rodoviário na matriz do estado e lembrou que o roubo de cargas é outra queixa reincidente na região.
Governo do estado prevê formas de amenizar problemas
Jerry Comper, secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina e Alysson de Andrade, superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) em Santa Catarina, noticiaram obras em andamento ou previstas e que podem amenizar as mazelas atuais.
Assunto repercute na Alesc
Na sessão desta terça-feira, 12, o deputado Antídio Lunelli (MDB) repercutiu o fórum na sessão da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). “A situação está ficando insustentável, precisamos de um plano rápido para a rodovia não colapsar de vez”, defende Lunelli.
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