Treinada por Bernardinho, joinvilense Helena Wenk vai disputar Superliga A de vôlei
Atleta fala sobre nova rotina no time profissional e como é ter Bernardinho como treinador
A joinvilense Helena Wenk tem apenas 17 anos mas já faz parte do time profissional do Sesc-RJ Flamengo, maior campeão do vôlei brasileiro. Treinadas por Bernardinho, as atletas se preparam para a nova temporada da Superliga A de vôlei, que começa na sexta-feira, 28.
Caloura na equipe profissional do Flamengo, Helena tem um histórico relevante. Foi eleita a jogadora mais valiosa do campeonato (MVP) do Campeonato Sul-Americano Sub-21 de 2022. Ela se consagrou com 15 pontos acumulados na final e uma das melhores ponteiras da competição.
Assim que voltou com o título, Helena foi direto treinar com Bernardinho, no final de agosto. A atleta conta que o Flamengo foi um dos primeiros times a voltar a treinar para a temporada. “A preparação é bem puxada, a gente tá treinando muito”, diz a joinvilense.
Embora não esteja no time titular para o clássico contra o Osasco São Cristóvão Saúde, no dia 28 de outubro, Helena se sente realizada. “Eu tô me sentindo muito feliz porque é algo que eu sempre sonhei quando eu comecei bem novinha no vôlei, sempre sonhei nisso ser minha profissão”, comenta a atleta.
Treinador Bernardinho
Helena conta que estava ansiosa para ser treinada por Bernardinho, mas se surpreendeu positivamente. “Estou evoluindo muito com ele nos treinamentos, ele é um homem muito sábio, em todo treino eu estou aprendendo”, afirma a jovem.
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O histórico explosivo nos jogos não corresponde com a realidade dos treinos. “Ele é muito paciente com a gente que veio da base”, relata. Além da mudança de treinador, Helena sentiu a diferença no próprio jogo, que ela diz ter muito mais velocidade no profissional.
Bernardinho é uma das referências das novas atletas. Junto de Helena, outras duas colegas estão estreando no profissional. “Ele conversa contigo, te motiva a melhorar a cada dia”, explica Helena.
Sonho de ser ponteira
Em entrevista ao jornal O Município Joinville em agosto, a mãe Ariete contou à reportagem que a filha sempre sonhou em ocupar a posição de ponteira, mas que as oportunidades a levaram a jogar como oposta ou central.
“Desde que começou ela sabia que ia ser ponteira”, contou a mãe. Já que jogou na posição dos sonhos pela seleção e foi reconhecida por isso, Ariete acreditou que as coisas poderiam mudar.
O time de vôlei do Flamengo contratou Helena como oposta, em contrato assinado antes do Sul-Americano Sub-21. Mas após a competição, parece que as coisas mudaram. “Estou jogando mais de ponteira, mais que oposta”, conta Helena.
Nova rotina, novos desafios
“Eu falo que estou vivendo várias vidas neste ano”, diz a atleta. As reviravoltas de 2022 são uma verdadeira prova de resistência para Helena. Ela já treinava com a base do Flamengo antes do Sul-americano. Na época, as obrigações eram as comuns de casa.
Mas quando foi para a seleção, a rotina se transformou. “A vida com a seleção é treino, treino, treino, a gente não se preocupa nada com trabalhos de casa, a gente só treina”, enfatiza a atleta. Adaptada à nova realidade, voltou para o Rio de Janeiro.
“Agora que vim morar no apartamento com o adulto, eu tenho que fazer comida, limpar a casa, tô tendo que me acostumar ainda.” Helena conta que chega cansada dos treinos, que são completamente diferentes dos que estava acostumada, mas a mordomia da seleção acabou. “Preciso dar uma de masterchef”, se diverte.
“Eu moro com duas meninas, com a Aline e com a Jojo, que vieram da base e estão tendo o mesmo sofrimento.” Helena sabe que é só o começo dos novos desafios que ainda vai encarar como jogadora de vôlei profissional, no maior time brasileiro da modalidade.
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