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Três corpos encontrados no Ulysses Guimarães, em Joinville, são identificados

Um dos corpos já havia sido identificado na última sexta-feira e a identidade de outros dois foi confirmada nesta terça-feira

Três dos quatro corpos encontrados em uma chácara no bairro Ulysses Guimarães na última semana, em Joinville, já foram identificados. As vítimas identificadas nesta terça-feira, 28, são Neucael Roque Kleina Pimentel, de 23 anos, e Vanderson Rodrigues Kroll, 39. Outra vítima da chacina é Jhonny Wesley dos Santos Kroll, 19. A identidade dele foi confirmada na última sexta-feira, 25.

Primeira identificação

Na última sexta-feira, 25, a Polícia Cientifica identificou o corpo de Jhonny. Ele foi identificado pelo processo de necropapiloscopia, que é a identificação pelas impressões digitais.

Segundo a papiloscopista da Polícia Cientifica de Joinville, Nathália Cristina Gonzalez Ribeiro, para poder realizar este processo, e também para análise de arcária dentária, é necessário um documento padrão para comparação.

“Geralmente para as impressões digitais, utilizamos um prontuário proveniente da carteira de identidade e às vezes também da carteira de habilitação. Com esses documentos para comparação, o procedimento é bastante rápido, tanto que identificamos o primeiro corpo em menos de 24 horas”, explica.

Ela ainda conta que a rápida identificação ocorreu somente por conta da polícia já ter informações sobre as possíveis identificações dos corpos.

Quarta vítima sem identidade confirmada

Segunda a papiloscopista, não foi possível identificar o último corpo com os processos utilizados nos que já foram identificados. Com isso, deve seguir para análise de DNA.

“Eliminou essas duas vias, que são mais rápidas, e agora este último será encaminhado para análise de DNA, que é um método mais demorado e bem mais trabalhoso”, finaliza.

Chacina

Os corpos foram encontrados enterrados em uma propriedade privada na avenida Dr. Archimedes Carvalho, em avançado estado de decomposição. Os quatro estavam desaparecidos desde o dia 6 de janeiro, quando uma familiar notificou o sumiço. Segundo o delegado Dirceu Silveira, da Polícia Civil, a cova coletiva foi camuflada com plantas para dificultar a ação da delegacia.

Entretanto, não havia marcas que identificassem a autoria ligada a uma facção, só foi possível encontrar o local devido às diversas denúncias anônimas recebidas pela população de Joinville.

Segundo o delegado, as vítimas eram naturais de Campo Largo, no Paraná, e estavam em Joinville a passeio. Conforme explicou Dirceu, os quatro tinham relações familiares e vieram para Joinville justamente para visitar uma mulher também parente.

No bairro que se hospedavam, acabaram identificados por integrantes de uma facção criminosa e teriam sofrido ameaças. “Se mudaram desse imóvel e ao final, quando foram para o Ulysses, acabaram sendo identificados pela mesma facção e executados”, diz o delegado.

Isso tudo ocorreu em poucos dias. Até o momento, a delegacia não identificou ligação das vítimas com facções criminosas do Paraná. Um deles tem uma passagem por tráfico de drogas, mas não foi encontrada conexão entre esse histórico e os homicídios.

Um casal já foi preso suspeito de participação nos homicídios.

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