“Um ato de amor”: joinvilense realiza mais de 70 doações de sangue em 18 anos

Alexandra precisou parar de doar ao ser diagnosticada com hipertireoidismo

“Um ato de amor”: joinvilense realiza mais de 70 doações de sangue em 18 anos

Alexandra precisou parar de doar ao ser diagnosticada com hipertireoidismo

Yasmim Eble

Um ato de amor. É assim que Alexandra Carolina de Mello, de 40 anos, define a doação de sangue. A joinvilense iniciou as doações assim que completou 18 anos, realizando um desejo que tinha em ajudar o próximo. 

“Eu completei a idade em abril e em maio de 2000 já fiz minha primeira doação. Eu sempre quis ajudar o próximo, desde pequena, mas não tinha um motivo específico”, relata. Alexandra ainda lembra da primeira doação, foi tranquila e sem traumas. 

“Era engraçado, tinha toda a expectativa para a doação por conta da agulha, mas foi apenas uma picada, que logo não senti nenhum desconforto”, acrescenta. Alexandra doou sangue e plaquetas por 18 anos, até ser diagnosticada com hipertireoidismo, em 2019. 

Foram 74 doações de sangue e plaquetas ao longo de 18 anos. | Crédito: Arquivo Pessoal

Para Alexandra, foi difícil saber que nunca mais poderia ser uma doadora, principalmente após tantos anos pela causa. “Eu lembro de chegar em casa e receber uma ligação do setor de coleta para agendarmos a doação, foi ali que descobri que nunca mais poderia doar”, relata. 

Ao todo, Alexandra realizou 74 doações de sangue e plaquetas em 18 anos como doadora. O sentimento é de alegria pelos atos solidários que salvaram tantas vidas. “Como eu sempre quis ajudar o próximo, saber que alguém está tendo uma qualidade de vida um pouco melhor por causa do meu sangue, me deixa feliz. Foram 18 anos fiéis a doação”, completa. 

Uma atitude que salva vidas

Para a joinvilense, o medo e o receio por conta da agulha ou da situação podem ser sentidos, no entanto, são fatos pequenos comparado a quem o sangue pode ajudar. “É uma atitude que pode salvar muitas vidas”, relata. 

Alexandra explica que saber que você está ajudando alguém, mesmo de forma anônima, te faz esquecer de qualquer receio. “Há pessoas que precisam e aguardam muito por isso, seja uma criança ou um idoso. Aquelas horas que você dedica, terão um destino precioso”, completa. Atualmente, ela tenta conscientizar e incentivar mais pessoas a serem doadoras.

Junho Vermelho

O Junho Vermelho é o mês de conscientização sobre a importância de ser um doador de sangue. É também uma forma de incentivar os doadores a procurarem o Hemocentro de sua região. Em Joinville, o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) está em situação de alerta para as tipagens O negativo e O positivo.

“Precisamos reverter está situação rapidamente para que os estoques destas duas tipagens não fiquem prejudicados na Hemorrede”, relata Franciele da Silva Martins de Souza, do Hemosc de Joinville. 

No município, a procura está menor por conta do frio, chuva e o aumento do número de pessoas com sintomas gripais impactam diretamente. “Esperamos melhorar o cenário com a chegada do Junho Vermelho e com o dia mundial do doador, mas é importante iniciar as ações o quanto antes”, completa. 

Saiba como doar:

O agendamento da doação pode ser realizado pelo site do Hemosc (https://www.hemosc.org.br/agende-sua-doacao.html) ou pelo telefone: (47) 3481–7424/7414.

Os requisitos para se tornar um doador também estão disponíveis no site, pelos links “Como Doar” e “Perguntas Frequentes”.

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