Miriã Martins/Arquivo pessoal
“Uma dor que parece não curar”, diz moradora de Joinville que perdeu tudo em alagamento
Miriã e o marido não conseguiram salvar os pertences
*Colaborou: Isabel Lima
“É uma dor que parece não curar. Lutamos por anos para conquistar tudo o que tinha dentro de casa e por questão de horas, a água leva. É triste”, desabafa Miriã Martins, moradora do bairro Morro do Meio, que perdeu eletrodomésticos, móveis, roupas, calçados, alimentos, documentos, produtos de higiene e de limpeza pessoal nesta quarta-feira, 10, devido ao alagamento causado pelas fortes chuvas em Joinville.
Miriã e o marido Jackson James Martins moram na casa há seis anos com os dois filhos, um menino de 5 anos e uma menina de 8 anos. A residência da família, atingida pelo alagamento, está localizada na rua Osvaldo Joenck. Segundo ela, ao menos 13 famílias da vizinhança também foram afetadas pelo alagamento que atingiu o bairro.
Ela relata que a casa começou a encher de água por volta das 12h desta quarta-feira. “A enchente começou pela manhã, às 10h já tinha chegado em minha garagem, e às 12h recebemos a notícia de que as comportas da barragem do Piraí foram abertas, e a partir daí começou a encher muito rápido”, conta.
A casa de Miriã ficou quase coberta pela água, por volta das 15h, impossibilitando que ela salvasse os pertences. A família conseguiu sair da casa apenas com as roupas do corpo e com os animais de estimação.
Em 2018, a família de Miriã passou pelo mesmo problema, mas desta vez, a água subiu muito mais. Horas após o alagamento, Jackson voltou ao local e filmou a situação na casa da família.
Assista ao vídeo:
Na manhã desta quinta-feira, 11, Miriã esteve na casa tentando limpar e recuperar alguns pertences. Ela também filmou como está a situação da casa.
Assista ao vídeo:
Ajuda e doação
Após os estragos, a irmã de Miriã acolheu a família, no bairro Nova Brasília. Além da ajuda da irmã, a família também recebeu algumas doações de alimentos, roupas e também valor em dinheiro, via Pix, para comprar o que falta.
Apesar da fatalidade, Miriã demonstra esperança. “Mas muito além disso, temos um Deus que não nos desampara, saímos com vida, todos estamos bem, e com saúde para lutar e recomeçar mais uma vez.”