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“Uma escolha de vida”: conheça joinvilense que atua há mais de 30 anos nos Bombeiros Voluntários

Geremias atua há 33 anos no Corpo de Bombeiros Voluntários da cidade

“Uma escolha de vida”: conheça joinvilense que atua há mais de 30 anos nos Bombeiros Voluntários

Geremias atua há 33 anos no Corpo de Bombeiros Voluntários da cidade

Bernardo Gonçalves

Dos 55 anos de vida de Geremias Garcia Neto, 33 são de trabalhos prestados ao Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville. Ele entrou na corporação em 1990, quando tinha apenas 22 anos.

A entrada se deu por meio de um amigo, que já trabalhava como bombeiro no local. “Ele me disse ‘vai lá, é legal’. Fez uma propaganda danada. Aí eu preenchi a ‘fichinha’ e vim aqui entregar o currículo”, relembra.

“Mas não tinha o sonho de ser bombeiro. Saiba que existia a profissão, mas nunca passou pela cabeça”, revela. Após alguns dias, recebeu em casa um telegrama para comparecer de forma urgente no Corpo de Bombeiros. Realizou duas entrevistas, uma com o responsável pelos Recursos Humanos (RH) e outra com o chefe de equipe da época. Após isso, foi contratado.

Batizado de fogo

Geremeias passou por uma semana de treinamento e então começou de fato a trabalhar com o restante da equipe.

E foi justamente na primeira noite de trabalho que passou por uma das situações que mais lhe marcaram durante toda a trajetória que possuí como bombeiro, já que naquela noite a equipe de plantão atendeu uma ocorrência de incêndio.

O fato aconteceu em São Francisco do Sul e causou a morte de 12 pessoas, após uma explosão. Isto deixou o jovem bombeiro atordoado. “Eu fiquei pensando de fato o que era o ser humano. As pessoas estavam trabalhando, tudo bem, e simplesmente acabou tudo para elas.”, relata.

Mesmo com a situação triste logo na primeira noite de plantão, seguiu na corporação. Ele conta que na época que entrou, não existia o atendimento pré-hospitalar, ou seja, o Corpo de Bombeiros Voluntários realizava somente o transporte de pessoas para os hospitais.

Porém, em 1992, isto mudou e com a participação importante de Geremias. Ele e mais dois companheiros insistiram para que o comandante da época os liberassem para realizar o curso de técnico de emergência médica.

“A gente teimou, teimou, daí ele aceitou. Eu e eles fomos para São Paulo, já que tínhamos uma boa relação com a corporação de lá. Ficamos uma semana no curso e replicamos aqui em Joinville”.

Com isso, a corporação começou a atender as pessoas já nos locais das ocorrências, além de ter ganhado uma ambulância para os atendimentos. Entretanto, segundo o bombeiro, isto não agradou todo mundo. “Recebemos um pouco de relutância nos hospitais, principalmente por parte dos médicos. Querendo ou não, a gente acabou entrando na área que era deles”, recorda.

Opção de vida

Geremias diz que quando entrou no Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville trabalhava uma semana de dia e uma semana de noite, em plantão de 12h.

Já em 2000, os bombeiros foram divididos em quatro equipes e trabalham, até hoje, com plantão de 12h por 36h. Nesta mudança, foi promovido para sub-chefe, cargo no qual realizava triagem nas unidades e auxiliava os coordenadores.

Já em 2016, virou coordenador de uma das quatro equipes da corporação. Ao todo ele coordena entre 26 e 28 bombeiros e tem em média 13 plantões por mês.

Com o cargo, ele é responsável por tomar decisões em casos mais graves, como em um acidente onde a vítima fica presa às ferragens ou num incêndio de grande porte, por exemplo.“Eu digo que ser bombeiro não é uma profissão, mas sim uma escolha de vida. Eu sou feliz fazendo o que gosto e amo”, comemora.

Com “sangue de bombeiro nas veias”, Geremias relembra uma frase dita pelo irmão quando entrou na corporação. “Ele me disse que eu nasci para ser isso (bombeiro) e tanto é que estou aqui até hoje”, ressalta.

“Aqui (na corporação) fazemos a diferença na vida de pessoas que a gente nem conhece muita das vezes e isso é algo muito gratificante”, finaliza.

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