Unidades prisionais serão fechadas em SC e não receberão novos presos; entenda
Penitenciária e Presídio de Joinville estão inclusos entre as que não receberão novos detentos
Em virtude dos protestos contra a superlotação nos presídios catarinenses e a reforma da previdência proposta pelo governo do estado, as unidades prisionais de Santa Catarina serão fechadas na próxima semana.
A medida parte do Sindicato dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos, que pedem uma aposentadoria ideal com as condições de trabalho.
A Polícia Civil realizará ainda uma assembleia extraordinária para determinar as medidas a serem tomadas. Policiais penais, porém, já se posicionam no sentido de não receber mais presos a partir de terça-feira, 20.
Segundo o presidente do sindicato, Ferdinando Gregório, os meios para encontrar soluções em conjunto ao governo do estado não surtiram efeito. “Posso dizer com toda a segurança que estão esgotados todos os meios de conversação e negociação. Infelizmente não fomos atendidos”, afirma.
Ele diz ainda que o documento que determina o fechamento das unidades prisionais em SC para novos presos será entregue até terça-feira. “Nós já estamos com o documento pronto. Até terça-feira entregarei presencialmente ao corregedor-geral de execução penal do estado com a superlotação de todas as unidades prisionais e indicativo de efetivo baixo”, diz.
A superlotação nas unidades prisionais de SC motivam o não recebimento de novos presos. A Penitenciária de Joinville, por exemplo, tem capacidade para 668 detentos, mas, atualmente, abriga 833. Já no Presídio, a super lotação é ainda maior que na penitenciária. O local deveria receber, no máximo, 539 presos, mas há 1129.
“Por não respeitar a superlotação e regras de segurança, as unidades prisionais serão fechadas, sem mais recebimento de presos em flagrante, cumprimento de mandado de prisão, evasão, ou qualquer outro. Não entrarão mais presos nas unidades prisionais de Santa Catarina a partir de terça-feira”, finaliza.
Manifestações
Uma das medidas propostas no texto da reforma da previdência, e que descontenta policiais e membros das demais instituições, é o tratamento diferenciado com outros órgãos de segurança pública, incluindo Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, um dos principais motivos que incentivam os protestos no estado.
Na terça-feira, 20, às 14 horas, membros das instituições que estão em protesto se organizarão em frente à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com barracas.
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