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Vereador critica realocação de leitos no Hospital São José, em Joinville; entenda situação

Prefeitura de Joinville se manifesta sobre a situação

Na sessão ordinária desta terça-feira, 31, o vereador Cassiano Ucker (União Brasil) criticou a realocação de leitos e profissionais no Hospital Municipal São José.

Segundo Cassiano, 25 leitos seriam fechados na unidade por conta disso. Ele afirma que um documento encaminhado pela própria pela Secretaria de Saúde de Joinville à Câmara de Vereadores informava sobre a situação. Porém, ao O Município Joinville, a Prefeitura de Joinville afirma que nenhum leito será desativado.

Durante a fala na tribuna, o vereador se mostrou indignado. Conforme Cassiano, as justificativas no documento são de que não há profissionais suficientes em determinadas áreas da saúde e que os profissionais seriam realocados para outras áreas com mais demanda. A mesma informação foi repassada pela prefeitura à reportagem.

Porém, a realocação é criticada pelo vereador. “Uma das justificativas é expandir a investigação e segmentos no ambulatório. Sendo que sabemos que a fila de procedimentos ambulatoriais está em 170 mil”, pontua Cassiano.

Ele acrescenta que outro documento foi encaminhado e que explicava que os pacientes internados seriam remanejados para centro cirúrgicos. “Foi discutido há duas semanas a falta de cirurgias no São José e agora pacientes serão transferidos para uma ala já sobrecarregada”, ressalta.

O vereador terminou a fala pedindo para que o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina fiscalizem e avaliem a situação do Hospital São José, quanto à estrutura e o número de profissionais atendendo as pessoas. “A gente precisa ser mais responsável, estamos falando da saúde de pessoas”, finaliza.

Confira o vídeo:

O que diz a Prefeitura de Joinville

A Prefeitura de Joinville encaminhou uma nota oficial ao jornal O Município Joinville. No texto, a administração municipal afirma que não haverá uma diminuição ou o fechamento de nenhum leito. O que irá acontecer é que, com o aumento de atendimentos no pronto-socorro, foi necessário remanejar os profissionais de saúde.

“Foi necessário reestruturar alguns setores e dividir esses leitos nas unidades que já existem no Hospital São José. Para poder direcionar um número de servidores maior para o pronto-socorro”, explica.

Alguns servidores, que hoje estão nas unidades de internação, vão dar um suporte para o pronto-socorro que está necessitando de atendimento. Ao normalizar a situação, os profissionais irão retornar para as áreas de início.

Confira a nota completa:

“Assim como os demais serviços de saúde, o Hospital Municipal São José registrou aumento significativo por atendimento nos últimos meses.

Por este motivo, está sendo necessário realizar um ajuste de alocação da equipe de servidores para a demanda que se apresenta.

Atualmente, a unidade conta com 269 leitos. De forma temporária e gradativa, alguns destes leitos serão realocados em setores da própria unidade, não sendo necessário o fechamento de nenhum leito.

Assim que a contratação de servidores temporários, que já está em andamento, for concluída, estes leitos voltarão para seus setores de origem.”

Sobrecarga de trabalho

O Sinsej – sindicato dos servidores de Joinville publicou uma nota na manhã desta quarta-feira, 1º, em relação a sobrecarga de trabalho por falta de funcionários em Joinville. Segundo a nota, a falta de concursos públicos e contratações vem causando diversos transtornos aos servidores do município.

“O Hospital São José, com cerca de 1.200 funcionários, é uma das unidades onde os funcionários mais sofrem com a sobrecarga de trabalho. Com o fim do vínculo de profissionais contratados e aposentadoria de alguns servidores. Existe uma demanda por força de trabalho que não está sendo reposta pela prefeitura”, diz a nota.

O assunto envolvendo os leitos também foi citado, além do fechamento da Unidade de Integração Geral (UIG) do hospital por falta de funcionários, que, segundo a Prefeitura de Joinville, é temporária por conta da realocação dos profissionais.

Confira a nota completa:

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