Vereador de Joinville causa polêmica após propor rigidez no controle migratório: “SC não pode virar um favelão”
Parlamentar apresentou em Brasília um projeto de lei antimigração
Parlamentar apresentou em Brasília um projeto de lei antimigração
Nesta semana, o vereador de Joinville Mateus Batista (União) gerou polêmica após declarações contundentes em que defende um controle mais rígido do fluxo migratório em Santa Catarina e critica duramente o governador do Pará, Helder Barbalho, a quem chamou de “vagabundo”.
A principal crítica do vereador é ao chamado pacto federativo — sistema que distribui receitas e responsabilidades entre a União, os estados e os municípios. Em vídeo postado nas redes sociais, diretamente de Brasília, Mateus Batista apresentou um projeto de lei, em parceria com o deputado federal Kim Kataguiri (União), chamado de “lei antimigração”, que tem como objetivo controlar o fluxo de migração interna no Brasil. Mateus e Kim fazem parte do Movimento Brasil Livre (MBL).
“Enquanto Brasília suga nossos impostos e devolve menos da metade, estados mal administrados como o Pará empurram sua população para cá. O resultado? Congestionamentos, serviços públicos sobrecarregados e aumento da desordem social. Se não controlarmos o fluxo migratório, Santa Catarina vai explodir! Nosso projeto de lei, em parceria com Kim Kataguiri, segue modelos internacionais, como o da Alemanha. Ou quebramos esse pacto injusto, ou o pacto quebra Santa Catarina”, afirmou o vereador joinvilense.
De acordo com o Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará é o quarto estado com mais migrantes em Joinville, atrás de Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Mateus Batista também atacou o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e a região Nordeste, afirmando que pessoas estariam migrando para Santa Catarina em razão da má administração de seus governantes.
“A má gestão dos estados do Norte e do Nordeste, como a do vagabundo do Helder Barbalho, governador do Pará, empurra a população para Santa Catarina, fugindo do caos que os políticos criaram por lá. E sabe quem paga essa conta? Você, morador catarinense”, declarou.
As declarações do vereador de Joinville não foram recebidas por parte da população e ele recebei críticas nas redes sociais, com acusações de xenofobia e racismo. Já a Câmara Municipal de Belém aprovou uma moção de repúdio contra ele e contra o seu projeto de lei.
Na quinta-feira, 21, o parlamentar registrou um boletim de ocorrência na 7ª Delegacia de Polícia, relatando ter recebido ameaças de morte por meio de um aplicativo de mensagens. Apesar da repercussão negativa, Batista afirma estar recebendo muito apoio.
“Paraenses estão me enviando centenas de mensagens dizendo que apoiam meu projeto de lei sobre controle migratório, justamente porque são eles os mais prejudicados por tudo isso que venho denunciando. Inclusive, a Câmara de Vereadores de Belém do Pará fez uma moção de repúdio contra mim — justamente essa classe política que destrói a vida do paraense e, consequentemente, aumenta o fluxo migratório para outros estados, como o meu”, concluiu.
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