Vereador do Pros ocupa cadeira de Sidney Sabel na Câmara de Joinville
CVJ foi notificada pelo juiz Fernando Seara Hickel, da 95ª Zona Eleitoral, sobre a mudança no resultado da última eleição
CVJ foi notificada pelo juiz Fernando Seara Hickel, da 95ª Zona Eleitoral, sobre a mudança no resultado da última eleição
A partir da próxima segunda-feira, 24, a Câmara de Joinville terá um novo vereador. Isso porque a 95ª Zona Eleitoral mudou o resultado da última eleição e indeferiu todas as candidaturas do partido Democratas. Ednaldo José Marcos (Pros) irá ocupar a vaga de Sdney Sabel, que teve o mandato cassado.
A CVJ foi notificada sobre a mudança na tarde desta quarta-feira, 19, pelo juiz Fernando Seara Hickel. Nado, como é conhecido o novo legislador joinvilense, será convocado e deve assumir como vereador titular na 19º legislatura na segunda-feira.
Nesta semana, Sidney Sabel renunciou às vagas nas duas comissões das quais participava este ano, Economia e Urbanismo. Ele indicou o vereador Cassiano Ucker (Cidadania) para ambas as comissões, mas a nova composição destes colegiados ainda precisará ser ratificada pelo Plenário.
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Nado fez 2287 votos nas eleições municipais de 2020. Ele nasceu em Luiz Alves, tem 49 anos, é formado no ensino superior, empresário, casado e pai de quatro filhos. Vai cumprir seu primeiro mandato como vereador em Joinville.
O Democratas foi denunciado pelo Pros por ter utilizado candidaturas “fantasmas” para preencher o índice mínimo legal de candidaturas do gênero feminino. Os processos já transitaram em julgado na Justiça Eleitoral e a CVJ aguardava apenas a confirmação do novo resultado das eleições pelo cartório eleitoral.
Na decisão publicada em abril, o juiz Zany Estael Leite Junior afirma que não foi encontrada culpa de Sabel na situação, mas ele perde o mandato por conta da anulação dos votos da sigla. Por isso, o parlamentar pediu revisão do julgamento e afirma que a decisão não levou em consideração alguns fatores.
Com o embargo de declaração, os juízes do TRE-SC reavaliaram os pontos apresentados por Sabel e o DEM, mas resolveram negar os argumentos e manter a cassação.
Wilmara Daniele Galiza Pereira e Valdira Aparecida dos Santos afirmaram em depoimento que não tinham intenção de se candidatarem e que o presidente do partido Democratas, Adalto Luiz Moreira, as convidou apenas para cumprir a cota de gênero. Adalto também prometeu R$ 10 mil reais para cada uma, para que não fizessem campanha.
Em relato, Valdira disse acreditar que o dinheiro que lhe foi prometido não era para fazer campanha, e sim para “seu próprio bolso”. Ela foi chamada por Adalto para cobrir a lacuna deixada pela candidata Angélica, que concorreu ao cargo de vice-prefeita. Conforme o seu depoimento judicial, Valdira era filiada ao Solidariedade, e não queria ser candidata, mas por insistência de Adalto, filiou-se ao Democratas e saiu como candidata.
O TRE-SC decidiu que as duas perdem seus direitos políticos, se tornando inelegíveis, pelos próximos oito anos. O presidente municipal do DEM, Adalto, também fica inelegível pela prática de abuso de poder político. O juiz não considerou as práticas como abuso de poder econômico.
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