Vereadores de Joinville são alvos do Gaeco em operação que investiga supostos crimes na pavimentação comunitária
Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriu mandados em Joinville em Araquari
Na manhã desta quinta-feira, 30, os vereadores de Joinville Claudio Aragão (MDB) e Mauricinho Soares (MDB) foram alvos da operação Lajotas, que investiga supostos crimes contra administração pública como peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e sonegação fiscal. A operação é do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em apoio à 13ª Promotoria de Justiça de Joinville.
Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em Joinville e Araquari a fim de apurar os crimes, que teriam sido cometidos entre 2016 e 2020, no contexto do programa de pavimentação comunitária, utilizando lajotas cimentadas, implementado em diversas ruas de Joinville.
Conforme as investigações, as subprefeituras de distintas localidades de Joinville foram distribuídas para livre indicação política pelos vereadores das respectivas regiões.
Segundo o MP-SC, utilizando-se das estruturas das subprefeituras, os vereadores investigados teriam agido como facilitadores das contratações celebradas para pavimentação de ruas, indicando empreiteiros para a realização dos serviços.
“Rei da lajota”
Entre os parlamentares beneficiados pelo esquema, evidenciou-se a liderança de um vereador que atuou como líder do poder Executivo junto à Câmara. Este, supostamente, seria notoriamente conhecido como “Rei da Lajota”. Até o momento, não se sabe qual dos dois seria o “rei da lajota”.
Investigação
O procedimento investigatório criminal foi instaurado em 2021 pela 13ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville, visando apurar suposta organização criminosa composta por vereadores e agentes públicos do poder Executivo entre 2016 e 2020, além de empreiteiros do setor de pavimentação.
Os mandados judiciais foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville. Participam da operação 52 policiais que integram o Gaeco, com apoio externo de policiais militares e policiais civis de Joinville. A investigação segue sob sigilo.
Contraponto
A reportagem de O Município Joinville conversou com a assessoria de Aragão, que informou que o vereador está em casa. Ele não vai se pronunciar no momento, pois aguarda receber mais detalhes sobre a operação.
A equipe de Mauricinho afirma que não tinha informações sobre a operação e que não conseguiu contato com ele na manhã desta quinta-feira.
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