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Vereadores discutem futuro do terreno da Estação de Tratamento de Esgoto do Jarivatuba

A nova ETE já está em pré-operação

Vereadores discutem futuro do terreno da Estação de Tratamento de Esgoto do Jarivatuba

A nova ETE já está em pré-operação

Redação O Município Joinville

Os vereadores de Joinville discutiram nesta semana na Comissão de Urbanismo da Câmara qual será o destino do terreno que abrigada a antiga Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Jarivatuba. A nova ETE, localizada em área próxima da antiga, já está em pré-operação.

A ETE anterior será desligada, motivada por reclamações de mal cheiro exalado pelas lagoas de aeração. O morador Reinaldo Pscheidt Gonçalves disse que “hoje já não é mais [possível sentir o cheiro]”. Mesmo morando a uma distância razoável da estação, podia sentir o cheiro, principalmente no verão, quando o vento o carregava para outras áreas da zona sul.

Com a desativação, o espaço ficará ocioso, por isso, os vereadores decidiram discutir como ocupar o terreno. Entre as sugestões, foram levantadas as possibilidades da criação de um parque, aterro de detritos de construção civil,  área de conservação ambiental onde se possa observar pássaros e também centro de treinamento em saneamento básico. A Companhia Águas de Joinville (CAJ) também foi ouvida para falar sobre a proposta que a empresa pública teria para a área.

Parque

A proposta do parque parece ser um dos pontos consensuais. No desenho apresentado pela empresa, haveria pista de skate, academias ao ar livre, quadras esportivas e pista para corrida e caminhada em uma área de mais de 100 mil m².

O parque cobriria as quatro lagoas mais próximas do bairro Jarivatuba, mas isso dependeria de um aterramento, algo cujo impacto ambiental ainda está sendo analisado. A empresa contratada pela CAJ para fazer o estudo deve finalizar o trabalho até março do ano que vem.

A área do parque é uma porção relativamente pequena de terra de todo o imóvel da CAJ. A nova ETE teria um espaço para futuras ampliações e o terreno ficaria envolto por uma cobertura florestal. As demais lagoas ficariam previstas para futuras ampliações do parque.

O presidente da Companhia, Giancarlo Schneider, enfatizou que não é possível dar prazos para a implantação do parque, porque os próximos passos dependem da finalização do estudo de impacto ambiental. O aterramento dessas lagoas poderia ser realizado com detritos de construção civil, e, neste caso, a companhia prevê a utilização dos materiais que sobrarem das obras da expansão da rede de esgoto em Joinville.

Ecoturismo

“Não gostaria de ver essas lagoas virarem aterro”, afirmou a representante do Clube de Observadores de Aves de Joinville (COA-Joinville), Débora Jung. Conforme dados apresentados por Débora, em Joinville há pelo menos 475 espécies de aves já fotografadas ou avistadas. E um “espaço especial” para a atividade de observação é a ETE Jarivatuba. Apenas ali, 141 espécies foram avistadas. Jung defendeu que a área pode ser integrada em uma perspectiva mais ampla de ecoturismo, como uma unidade de conservação.

Muitas dessas aves são migratórias e param na ETE para descansar ou fazer um lanchinho, não sendo nativas da mata atlântica, que cobre a região de Joinville. Conforme a gerente de Qualidade e Meio Ambiente da CAJ, a bióloga Claudia Rocha, “essa grande população de aves se deu de forma não natural”. A desativação das lagoas, explicou, resultará na falta de nutrientes e levará as aves a buscarem outros lugares para permanecerem.

Brandel Junior (Podemos) questionou se já existe uma procura e movimentação de turistas que buscam Joinville para essa observação de aves. Claudia disse que esse tipo de observação tem crescido muito em Joinville.

Respondendo a outro questionamento do vereador, Giancarlo disse que estão sendo realizadas oficinas para explicar o que vai ocorrer com as lagoas, e que se possível, estarão informando os parlamentares sobre essas reuniões.

Lençóis freáticos

Reinaldo também pediu atenção quanto ao depósito de detritos de construção civil para aterrar as lagoas para evitar possíveis contaminações dos lençóis freáticos. A equipe da CAJ disse que as atuais lagoas já foram construídas com uma estrutura que evita a contaminação (argila compactada), mas que para o atendimento de normas atuais, eventuais mudanças podem ser necessárias.


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