Vereadores questionam prefeitura sobre serviço executado onde calçada desabou em Joinville

Tema foi debatido em reunião da Comissão de Urbanismo

Vereadores questionam prefeitura sobre serviço executado onde calçada desabou em Joinville

Tema foi debatido em reunião da Comissão de Urbanismo

Brenda Pereira

A queda da calçada em Joinville no último dia 22 de novembro, durante a abertura do Natal Cultural, foi tema da reunião da Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores nesta quarta-feira, 8.

Os proponentes da reunião, os vereadores Lucas Souza (PDT) e Sidney Sabel (DEM) questionaram os representantes da Prefeitura de Joinville a respeito de uma intervenção realizada pela gestão no local onde o incidente aconteceu.

O secretário de Infraestrutura Urbana, Jorge Luiz Correia de Sá, o secretário de Meio Ambiente, Fábio Jovita, e o engenheiro e diretor da Companhia Águas de Joinville, Kamilo Reis Carnasciali dos Santos, responderam às perguntas dos vereadores.

Fábio pediu dispensa da reunião, justificando que não haveria envolvimento da Sama no assunto. No entanto, o vereador Lucas solicitou a permanência do mesmo, para que esclarecesse alguns pontos.

Motivações

Uma intervenção realizada pela Prefeitura de Joinville no local onde o incidente aconteceu foi o tema principal da reunião. Os dois vereadores questionaram o secretário de Infraestrutura Urbana sobre a motivação para a realização do trabalho, quem autorizou o serviço e quem seria o responsável pela ação.

Em resposta, Jorge afirmou que o serviço foi realizado por uma solicitação do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) para uma adequação de acessibilidade no trajeto do Mercado Municipal até a ponte azul. Ele comenta que começaram a trabalhar no local em fevereiro.

O secretário alega que o serviço realizado é de “zeladoria” e que por isso não é necessário pedir autorização para a Sama, salvo quando afeta de alguma forma o meio ambiente, o que não seria o caso. A informação foi reafirmada pelo secretário da Sama.

Segundo Jorge, quando a secretaria recebe uma solicitação, os procedimentos para a execução são automáticos. Os serviços são direcionados aos setores responsáveis, que se encarregam de efetuar os trabalhos. “Estamos tranquilos com relação ao processo que deu condições para a execução daquela calçada”, diz Jorge. “A partir do momento que foi feita uma solicitação de mobilidade, nós fizemos”, pontua.

Questionado a respeito das datas da execução do serviço e quem teria feito, o secretário não respondeu, mas ficou encarregado de levantar os dados e encaminhar as informações aos vereadores.

Laudos

Presente na reunião, o representante da Companhia Águas de Joinville, Kamilo Reis Carnasciali dos Santos, afirmou que foi solicitado um estudo para verificar toda a área onde o incidente aconteceu. Deve ficar pronto até o fim da semana que vem.

O objetivo da companhia é checar se há risco de comprometimento da rede de água, que em caso de rompimento, pode deixar boa parte da cidade desbastecida. “Precisamos garantir a integridade da tubulação”, comenta. Ele garante que todo o material será disponibilizado à Prefeitura de Joinville.

O secretário da Seinfra diz que desde o incidente, além das solicitações feitas pelos órgãos competentes, a prefeitura tem tomado iniciativas para providenciar laudos técnicos.

Até o momento, segundo Jorge, o único documento pronto é o da Defesa Civil. E, como o laudo identificou corrosão no local e diz que é necessário ter cuidado, a via está interditada para tráfego para evitar acidentes. O trânsito será liberado somente com aval de segurança.

“A partir do momento que tivermos laudos e informações técnicas, vocês não vão precisar convocar a gente”, diz o secretário.

Nova intervenção

O vereador Neto Petters (Novo) questionou sobre a possibilidade de colocar um pilar de sustentação no local, para poder restabelecer o tráfego no local.

Porém, segundo Jorge, não é possível fazer adequações para não alterar a estrutura existente até que os laudos estejam prontos. Mexer no local compromete as “provas” e poderia influenciar nos resultados caso um novo estudo fosse solicitado.

Sustentação

Neto também perguntou se o peso do público no local durante o evento somado ao peso dos veículos na estrada teria alguma influência na queda e se haveria uma explicação dos engenheiros sobre isso.

O secretário de Infraestrutura Urbana novamente respondeu que é preciso ter estudos técnicos e que não é possível saber no momento qual a atual resistência da estrutura.

Risco

O vereador Adilson Girardi (MDB) questionou se a Prefeitura de Joinville vai realizar estudos nas ruas Jerônimo Coelho e Visconde de Taunay, onde foram colocadas peças novas de galerias na gestão passada. Ele colocou em dúvida se há risco de acidentes nessas áreas.

Jorge afirma que o governo vai lançar no ano que vem uma licitação para realizar uma inspeção em vídeo em todas as galerias da obra do rio Mathias. Ele diz que a rua Rio Branco foi sinalizada com placas e faixas para impedir a passagem de veículos pesados.

Autorização para evento

Outro ponto levantado pelos vereadores foi a autorização para a realização do evento. O vereador Sidney questionou se o evento teve liberação dos órgãos competentes e quem teria autorizado a continuação mesmo após o incidente.

Como a reunião já havia passado do horário previsto para término, o esclarecimento sobre a continuidade do evento será encaminhado aos vereadores por escrito.

Quanto à autorização para a realização do evento, o secretário de Meio Ambiente afirmou que a prefeitura buscou os órgãos competentes e recebeu autorização.

 

 

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