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VÍDEO – Brincadeira sobre prisão entre vereador e presidente da Câmara repercute em Joinville; “não deveria ter acontecido”, diz Diego Machado

Mauricinho Soares (MDB) foi preso por posse ilegal de arma de fogo na última quinta-feira

Na sessão desta segunda-feira, 4, o presidente da Câmara de Joinville Diego Machado (PSDB) se retratou na tribuna por uma brincadeira feita com Mauricinho Soares (MDB) na sessão extraordinária da última quinta-feira, 30.

Mauricinho havia sido preso durante a manhã por posse ilegal de arma de folgo e apareceu na sessão depois de pagar fiança de ser solto. Imagens capturadas pela transmissão da Câmara no YouTube mostram os vereadores se cumprimentando e Diego “revistando” Mauricinho.

Assista ao vídeo da sessão de quinta-feira:

Após pagar fiança e conseguir soltura após ser preso pela posse ilegal de uma arma de fogo, o vereador Mauricinho Soares (MDB) foi à Câmara de Vereadores de Joinville para participar da sessão extraordinária na qual foi aprovado o projeto da prefeitura que regulamenta a contratação temporária no serviço público municipal, o PLC 38/2023.

Na tribuna, Diego diz que os vereadores foram surpreendidos pela presença de Mauricinho. “Ele acabou aparecendo na sessão e de uma forma espontânea, sem maldade, sem deboche, sem nenhum tipo de maldade, a gente acabou fazendo uma brincadeira com o vereador, ainda sem entender exatamente tudo o que estava acontecendo, no calor daquele momento”, justifica.

“Depois a gente percebeu que de fato não era o momento para tal brincadeira, a gente se desculpou”, diz o presidente da Câmara. Ele cita que ligou para o delegado regional Rafallo Ross e para João Leonardo Padilha Barneche, superintendente da Polícia Científica de Joinville para se desculpar do ocorrido.

“Uma brincadeira infeliz, tanto é que vim a público e me desculpei em relação a essa brincadeira que não deveria ter acontecido”, finaliza. Mauricinho não comentou o caso.

Assista ao vídeo de retratação:

Diego também se pronunciou por meio das redes sociais e escreveu “faltou maturidade em mim”.

Veja a publicação:

Na última quinta-feira, antes do início da sessão, o vereador Mauricinho já havia realizado uma publicação no Instagram. No vídeo, Mauricinho está sentado em uma mesa no gabinete. No centro da tela está escrito “mais um dia de trabalho”.

Confira:

Vereador investigado

Na tarde desta quinta-feira, 30, o vereador Mauricinho Soares (MDB) foi solto da prisão após pagamento de fiança, no valor de R$ 12 mil. Ele foi um dos alvos da operação Profusão, da 3ª Delegacia de Combate à Corrupção (3ª Decor). Segundo a polícia, ele foi preso por posse ilegal de arma de fogo e vai responder por crimes de falsidade ideológica e organização criminosa.

A operação Profusão apura a suposta prática de falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa. Os crimes teriam sido cometidos por agentes públicos visando beneficiar condutores de veículos penalizados com suspensão do direito de dirigir.

Conforme apurado pela 3ª Decor, os supostos autores dos fatos orquestraram um esquema ilícito que possibilitou a inserção de inúmeras informações falsas nos sistemas do Detran-SC, possibilitando que mais de 100 condutores fossem indevidamente beneficiados com a liberação de penalidades a eles aplicadas.

Dentre os investigados, além do vereador Mauricinho Soares, estão agentes públicos terceirizados do Detran-SC, um despachante e pessoas a ele vinculadas, e um agente ligado a um escritório de advocacia especializado em multas de trânsito.

As buscas foram realizadas nas residências dos investigados e em seus locais de trabalho, tais como um escritório de advocacia, a 2ª Ciretran-Joinville e a Câmara de Vereadores de Joinville. Nos locais, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, especialmente telefones celulares, e documentos relacionados aos fatos sob apuração.

Além disso, Mauricinho é um dos investigados na operação Lajotas, que investiga supostos crimes contra administração pública como peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e sonegação fiscal. Nessa mesma operação, também é investigado o vereador Claudio Aragão (MDB).

Investigação no conselho de ética

Na sessão desta segunda-feira, 4, a Câmara de Vereadores aprovou um pedido para que o conselho de ética apure se Mauricinho Soares feriu o código de ética e decoro ao ser flagrado com uma arma sem registro.

“Não é confortável, não é legal, mas muitas vezes se faz necessário. E quando existe um fato a ser apurado, a gente precisa, dentro do que diz o nosso Regimento Interno, dando ao vereador que está sendo denunciado toda a possibilidade de apresentar as duas defesas, mas os fatos devem ser apurados”, afirmou Diego Machado na sessão.

*Colaborou Isabel Lima

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