VÍDEO – Confira como foi inauguração das hélices iluminadas no Moinho do Pórtico em Joinville
Evento ocorreu na noite desta quarta-feira
Foi realizada no início da noite desta quarta-feira, 16, a inauguração das hélices iluminadas e em movimento do Moinho do pórtico de Joinville. O cartão-postal da cidade fica localizado na rua XV de Novembro, às margens da BR-101.
A iniciativa foi da Gutbrau Cervejaria e da Expoville e o momento especial foi acompanhado por autoridades locais, como o prefeito Adriano Silva (Novo) e a vice-prefeita Rejane Gambin, e convidados.
Assista ao momento do acionamento do sistema:
Além da instalação do novo sistema de giro e iluminação das hélices, o Moinho passou uma série de melhorias, como reparos no telhado e manutenção da parte superior da estrutura.
Novo sistema de giro
Com a revitalização, o Moinho do Pórtico volta a ser atração com o destaque das hélices que, de forma inédita, passam a ficar totalmente iluminadas e em movimento.
Desde a inauguração, em 1982, o Moinho sempre contou com um sistema que possibilitava o giro das hélices. No entanto, o mecanismo ficou fora de funcionamento por vários anos.
Em 2021, quando a GutBrau Cervejaria iniciou as operações no local, surgiu o desejo de dar ao Moinho algo inovador e que tornasse um dos símbolos de Joinville ainda mais especial.
“Logo que nos instalamos no Moinho surgiu o desejo de colocar as hélices em movimento. Conseguimos, mas não foi o bastante, pois também quisemos iluminá-las. No entanto, não foi possível devido a questões técnicas e de cabeamentos elétricos. Passamos a buscar, então, uma solução para fazer as hélices girarem com iluminação”, conta Henrique Saragoça, sócio-proprietário da GutBrau Cervejaria.
Após um ano de estudos e pesquisas de mercado, uma solução utilizada na área industrial foi adaptada ao Moinho. O mecanismo exclusivo é formado por um anel coletor elétrico que transfere a energia para peças denominadas escovas. Essas, por sua vez, transmitem a corrente elétrica para a parte rotativa do eixo das hélices, possibilitando, assim, o acendimento das lâmpadas de LED.
“O resultado é trazer encanto e orgulho para os joinvilenses como nós. Temos grande carinho pelo Moinho que é um cartão-postal da cidade. Sempre quisemos ver as hélices girando e, com iluminação, vai ficar ainda melhor. É um presente que temos a honra de entregar para Joinville”, comemora Henrique.
História do moinho
A ideia do Moinho surgiu em meados da década de 1970, quando o casal joinvilense Karin Marianne e Karl Sliva fez uma viagem internacional. Na bagagem, Karl trouxe da Holanda e da Alemanha a inspiração para a construção do que viria a se tornar um dos principais cartões-postais de Joinville, o Moinho.
Compartilhado com o amigo e então prefeito de Joinville Luiz Henrique da Silveira, o sonho passou a se tornar realidade. Às margens da BR-101, na porta de entrada da cidade, começou a ser erguido o Moinho, com o principal objetivo de atrair o turista.
Além da idealização, a família Sliva teve fundamental participação na história do Moinho, ao longo de vários anos. Coube ao arquiteto alemão radicado em Joinville, Paul Hellmuth Keller, a concepção do projeto da edificação. Já a execução da obra foi supervisionada pelo filho de Karl Sliva, o engenheiro e empresário Ricardo Sliva.
A partir da sua inauguração, em 1982, a família Sliva iniciou no Moinho a operação do café colonial que se transformou em parada obrigatória de turistas e ponto de encontro para os joinvilenses que sempre valorizaram a tradição das delícias coloniais e do famoso chope Antárctica.
Por uma década, o café colonial do Moinho foi comandando pela família Sliva. As mesas bem servidas de doces e salgados preparados artesanalmente, tinham como um dos carros chefe a torta de chocolate trufado com damascos preparada pela matriarca, delícia que até hoje é aguardada ansiosamente pelos netos de Karin nas datas de aniversário.
Os movimentados salões do Moinho permeiam as memórias das gerações da família Sliva. Os netos de Karin Marianne e Karl, Eduardo e Maurício Sliva Hardt, filhos de Karin Sliva e Marcos Hardt, guardam lembranças de momentos que viveram no local.
“Durante um período das férias, precisávamos trabalhar em alguma das empresas da família. Quando eu tinha oito anos, meu primeiro trabalho foi como garçom no Moinho. Lembro que eu subia as escadas carregando uma bandeja, nunca com bebidas para não cair. Eu vinha servir as mesas e para mim era algo totalmente diferente. Já faz 40 anos, mas foi algo marcante na minha vida”, relembra Eduardo.
Já o seu irmão mais novo, Maurício, recorda do Moinho como um ponto de encontro com os amigos. “Eu me lembro muito bem do buffet redondo no centro do salão, com uma variedade enorme de salgados e doces. Também fazíamos festas aqui, aniversários com os amigos, e sempre era muito legal. A arquitetura e a construção do Moinho são algo diferente que marcam muito”.
Depois de dez anos à frente das operações do Moinho, a família Sliva seguiu novos caminhos, mas sempre com a lembrança especial da sua contribuição na história da cidade.
Desde 2012, o equipamento está sob a gestão do Consórcio Viseu-Caex, que detém a concessão onerosa do Complexo Expoville.
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