VÍDEO – Conheça as rotas Rural e da Dança, pontos turísticos de Joinville
Secult criou as rotas para incentivar a vinda de turistas para a cidade e a visitação dos próprios moradores
Secult criou as rotas para incentivar a vinda de turistas para a cidade e a visitação dos próprios moradores
Quem mora ou já passou por Joinville, em algum momento, se pegou pensando: “não tem nada para fazer na cidade”. É justamente esta a ideia que a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) quer mudar e, para incentivar a vinda de turistas e mudar a visão dos próprios moradores sobre a cidade, foram criadas rotas turísticas e culturais, como a Rural e da Dança.
O compilado de pontos turísticos foram pensados para que as agências de turismo e viagem possam vender pacotes, trazer turistas para a região e fazer crescer a economia local. A coordenadora de políticas públicas, Conceição Junkes, conta que, com a pandemia, as pessoas deixaram de viajar para fora e passaram a procurar mais o turismo da região.
Mas não é só pensando nos turistas que a Secult tem trabalhado. A coordenadora quer incentivar que os moradores também conheçam as rotas propostas e se apaixonem ainda mais pela cidade. “Fazer o joinvilense conhecer o Joinville. A cidade tem coisas para se fazer, mas nós precisamos tornar conhecido”.
Além das rotas divulgadas, outras estão sendo criadas, como as rotas Náutica e da Cerveja, que estão sendo negociadas e poderão ser lançadas em breve. Já os passeios rurais e da dança estão prontos para receber a população.
A convite da Secult, a reportagem do jornal O Município Joinville conheceu as rotas já criadas. “Queremos deixar as pessoas com um gostinho de quero mais, para que elas venham”, conta Conceição.
Localizado no Piraí, bairro Vila Nova, a propriedade de Ana e Tarcíso Jannig conta com mais de 300 animais e uma área ampla. O casal desenvolve atividades e recebe o público aos fins de semana.
Tudo começou há 13 anos. Morando há meia década naquele terreno imenso, cercados pela natureza, mas “sozinhos”, viram ali o potencial para um ótimo ponto turístico. Agora, os fins de semana do casal são cheios. No começo, recebiam apenas escolas, mas a demanda foi aumentando e as famílias das crianças também começaram a se interessar pelo lugar.
Hoje, o Rancho Alegre trabalha com locação para pequenas comemorações, passeios de escolas e visitação de famílias. Na área, há espaço para piquenique e muita diversão. A ideia é que, principalmente as crianças, tenham uma experiência sensorial e de respeito à natureza, sentindo os pés no gramado e cuidando dos animais. “Não deixam um lixo pelo chão”, Tarcíso conta com alegria.
O cuidado e respeito aos bichos é levado muito a sério. Tarcíso cuida pessoalmente de todos eles, e não permite a exposição excessiva, que podem deixá-los doentes. É por no máximo três horas que os animais ficam entre as pessoas. E claro, esse é o momento mais esperado pelas crianças: a interação com os bichos.
Os pequenos podem andar a cavalo na propriedade, dar alimento aos burros e coelhos, observar as galinhas, patos, peru, pavões, além das vacas e porcos com seus filhotes. No fim, não só as crianças aproveitam, mas os animais, que adoram ser paparicados, conta Tarcíso.
Tarcíso e Ana trabalham todos os fins de semana. “Podem vir porque estamos sempre abertos. Fechamos só na Páscoa e Natal”, ri. Isso porque o trabalho vira também a diversão da família.
O lugar é tão querido pelos que já conhecem, que não deixou de receber visitas na pandemia. Após ficarem dois meses fechados, entre março e abril do ano passado, reabriram em julho, sempre com a casa cheia, dentro do limite permitido pelos decretos municipais e estaduais.
O que mudou, apenas, foi a quantidade de pessoas por fim de semana e as visitas das escolas, que ficaram um ano sem receber. Porém, agora, voltaram a preencher a agenda. Tarcíso conta feliz da vida que um colégio agendou uma visita para julho e trará as crianças para conhecer o espaço.
O empreendimento familiar abriu as portas para outras famílias e tem dado certo. O lugar é apaixonante, assim como o casal, que dá vida e faz tudo acontecer no Rancho Alegre.
Onde: Estrada Piraí, 2551, Vila Nova;
Quando: de quinta a domingo, das 14 às 17 horas;
Contato: (47) 3434-3874;
Entrada: R$ 30 (adultos) e R$ 15 (crianças)
Redes Sociais: Instagram e Facebook.
Com o objetivo de trazer liberdade e conectar o público com a natureza, a família Wiezbicki abriu as portas da sua casa em 2013 para receber passeios escolares. Esse foi o início da Quinta da Mildau. Hoje, o espaço recebe o público em geral e conta com capacidade de acolher cerca de 150 pessoas.
Rosele Wiezbicki foi quem viu potencial no terreno da família e deu o pontapé inicial na ideia. Ela e a mãe começaram recebendo as crianças e alugando o espaço para pequenos eventos, mas com a pandemia, resolveram abrir aos fins de semana para piqueniques.
A Quinta do Mildau tem muitas coisas para oferecer, entre elas, a liberdade, diz Rosele. “Aqui é para ficar descalço, ser livre”. As crianças são as que mais aproveitam. Brincam com os animais, mexem na terra, molham os pés no lago.
Entre as atrações do local, está a trilha ecológica, o cuidado com a horta, alimentação dos peixes e coelhos, além da interação com as galinhas. “As crianças vem aqui e saem correndo atrás delas. Adoram estar com os animais”, conta Rosele.
É essa liberdade que trouxe o público para a Quinta da Mildau. Hoje, com a demanda alta, Rosele orienta que as famílias entrem em contato e façam reservas para passar o dia no local. “As vezes alcançamos a capacidade máxima só com as reservas”, conta.
A Quinta do Mildau abre nos dias de semana para visitas escolares e aos fins de semana, as famílias para pequenos eventos, piqueniques e passeios.
Onde: Estrada Mildau, 1747, Pirabeiraba;
Quando: de sábado a domingo;
Contato: (47) 99146-0085;
Entrada: R$ 20 (adultos) e R$ 15 (crianças)
Redes Sociais: estão no Instagram e Facebook.
Localizado em Joinville, o Parque dos Hemerocallis é o maior produtor da planta em toda a América Latina, além de contar com outras dezenas de espécies. O local conta com café e venda de flores, além dos jardins para passeio e apreciação.
O parque é conhecido também pela plantação de girassóis, que florescem entre julho e agosto. Esta é uma das épocas que mais recebem visitantes. Mas a novidade, não fica apenas para este período. “A estação do ano muda e de acordo com ela as flores. Estamos sempre nos atualizando”, explica Thiago Bergemann, proprietário.
A trilha ecológica e o pequeno lago de peixes também chamam a atenção de quem passa. Eles são dóceis e alimentados pelas mãos dos próprios visitantes.
Thiago conta que recebem muitos ensaios fotográficos e até mesmo eventos no local, já que contam com uma capela perto dos jardins. A beleza dos jardins e das flores convida o público a retornar, principalmente na época em que florescem os girassóis, conta o proprietário.
Onde: rua Tenente Antônio João, 4257, Distrito Industrial Norte;
Quando: terça a sábado;
Contato: (47) 9789-0125;
Entrada: R$ 25.
Aberto desde 2020, o Museu da Dança de Joinville conta com exposições dedicadas à vários estilos de dança e seus principais bailarinos.
Um museu moderno, possui recursos de vídeos, realidade aumentada, coreografias para dançar junto e também, um espaço dedicado somente ao Festival de Dança de Joinville, o maior do mundo neste segmento.
O espaço chama atenção pela tecnologia, a curadoria de imagens e peças expostas por seus corredores. Inclusive, o visitante recebe um celular para conferir algumas exposições com realidade aumentada. É possível, por exemplo, conferir um discurso do ex-prefeito de Joinville e ex-governador do Estado Luis Henrique da Silveira.
Aberto há apenas um ano, o Museu da Dança convida os joinvilenses a visitá-lo e, também, a matar a saudade do festival, que não acontece desde o início da pandemia.
Onde: rua Vargeão, 79, América;
Quando: de terça a domingo, das 14 às 19 horas;
Contato: 3031-4471;
Entrada: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
Redes Sociais: estão no Instagram e Facebook.
Anexo ao colégio Germano Timm, o espaço foi criado para servir como uma “incubadora” de dança. A proposta, é receber grupos e dançarinos que não possuem salas para ensaio.
Idealizado pelo Instituo Festival de Dança de Joinville, o prédio estava sem uso e foi cedido a iniciativa privada, que deu origem ao Saltare.
O espaço também receberá a visitação do público e prepara a criação de um arquivo do Festival de Dança, aberto para consulta pública e trabalhos acadêmicos.
Dentro do prédio, há um café, comandado por mães de bailarinos que vieram de outros estados e que, ali, encontraram um meio de trabalho para viver na cidade da dança.
Onde: rua Orestes Guimarães, 406, América;
Quando: de segunda a quinta, das 9 às 20 horas, e sextas-feiras das 9h às 18h;
Contato: 3031-3894.
A Casa da Cultura abriga diversas escolas de artes dentro do mesmo espaço. Há 50 anos, é utilizada pela Escola Municipal de Ballet. Além disso, conta com aulas de música, teatro e artes visuais.
Porém, o espaço não é usado apenas para formar artistas, mas também conta com exposições e galerias. Atualmente, está com a exposição Victor Kursancew, de terça a domingo, das 10 às 16 horas. A visitação é gratuita.
Além da galeria, o espaço da Casa da Cultura também conta com exposições de trabalhos de alunos. No local, são oferecidas aulas de cerâmica, desenhos, tapeçaria e tecelagem.
Antes da pandemia, estavam matriculados cerca de 500 alunos, o que reduziu durante o período do ensino remoto. Porém, os gestores municipais já almejam retornar com as aulas e fortalecer o ensino da cultura da cidade.
Onde: rua Dona Francisca, 800, Saguaçu;
Quando: de segunda a sexta, das 8 às 18 horas. Exceto a galeria, que atende de terça a domingo, das 10 às 16 horas;
Contato: 3433-2266;
Entrada: O valor das aulas variam. A entrada no local é aberta.