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VÍDEO – Conheça as rotas Rural e da Dança, pontos turísticos de Joinville

Secult criou as rotas para incentivar a vinda de turistas para a cidade e a visitação dos próprios moradores

VÍDEO – Conheça as rotas Rural e da Dança, pontos turísticos de Joinville

Secult criou as rotas para incentivar a vinda de turistas para a cidade e a visitação dos próprios moradores

Fernanda Silva

Quem mora ou já passou por Joinville, em algum momento, se pegou pensando: “não tem nada para fazer na cidade”. É justamente esta a ideia que a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) quer mudar e, para incentivar a vinda de turistas e mudar a visão dos próprios moradores sobre a cidade, foram criadas rotas turísticas e culturais, como a Rural e da Dança.

O compilado de pontos turísticos foram pensados para que as agências de turismo e viagem possam vender pacotes, trazer turistas para a região e fazer crescer a economia local. A coordenadora de políticas públicas, Conceição Junkes, conta que, com a pandemia, as pessoas deixaram de viajar para fora e passaram a procurar mais o turismo da região.

Mas não é só pensando nos turistas que a Secult tem trabalhado. A coordenadora quer incentivar que os moradores também conheçam as rotas propostas e se apaixonem ainda mais pela cidade. “Fazer o joinvilense conhecer o Joinville. A cidade tem coisas para se fazer, mas nós precisamos tornar conhecido”.

Além das rotas divulgadas, outras estão sendo criadas, como as rotas Náutica e da Cerveja, que estão sendo negociadas e poderão ser lançadas em breve. Já os passeios rurais e da dança estão prontos para receber a população.

A convite da Secult, a reportagem do jornal O Município Joinville conheceu as rotas já criadas. “Queremos deixar as pessoas com um gostinho de quero mais, para que elas venham”, conta Conceição.

Rancho Alegre

Ana e Tarcíso Jannig, proprietários e criadores do Rancho Alegre | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Localizado no Piraí, bairro Vila Nova, a propriedade de Ana e Tarcíso Jannig conta com mais de 300 animais e uma área ampla. O casal desenvolve atividades e recebe o público aos fins de semana.

Tudo começou há 13 anos. Morando há meia década naquele terreno imenso, cercados pela natureza, mas “sozinhos”, viram ali o potencial para um ótimo ponto turístico. Agora, os fins de semana do casal são cheios. No começo, recebiam apenas escolas, mas a demanda foi aumentando e as famílias das crianças também começaram a se interessar pelo lugar.

Hoje, o Rancho Alegre trabalha com locação para pequenas comemorações, passeios de escolas e visitação de famílias. Na área, há espaço para piquenique e muita diversão. A ideia é que, principalmente as crianças, tenham uma experiência sensorial e de respeito à natureza, sentindo os pés no gramado e cuidando dos animais. “Não deixam um lixo pelo chão”, Tarcíso conta com alegria.

Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

O cuidado e respeito aos bichos é levado muito a sério. Tarcíso cuida pessoalmente de todos eles, e não permite a exposição excessiva, que podem deixá-los doentes. É por no máximo três horas que os animais ficam entre as pessoas. E claro, esse é o momento mais esperado pelas crianças: a interação com os bichos.

Os pequenos podem andar a cavalo na propriedade, dar alimento aos burros e coelhos, observar as galinhas, patos, peru, pavões, além das vacas e porcos com seus filhotes. No fim, não só as crianças aproveitam, mas os animais, que adoram ser paparicados, conta Tarcíso.

Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Tarcíso e Ana trabalham todos os fins de semana. “Podem vir porque estamos sempre abertos. Fechamos só na Páscoa e Natal”, ri. Isso porque o trabalho vira também a diversão da família.

O lugar é tão querido pelos que já conhecem, que não deixou de receber visitas na pandemia. Após ficarem dois meses fechados, entre março e abril do ano passado, reabriram em julho, sempre com a casa cheia, dentro do limite permitido pelos decretos municipais e estaduais.

O que mudou, apenas, foi a quantidade de pessoas por fim de semana e as visitas das escolas, que ficaram um ano sem receber. Porém, agora, voltaram a preencher a agenda. Tarcíso conta feliz da vida que um colégio agendou uma visita para julho e trará as crianças para conhecer o espaço.

O empreendimento familiar abriu as portas para outras famílias e tem dado certo. O lugar é apaixonante, assim como o casal, que dá vida e faz tudo acontecer no Rancho Alegre.

Onde: Estrada Piraí, 2551, Vila Nova;
Quando: de quinta a domingo, das 14 às 17 horas;
Contato: (47) 3434-3874;
Entrada: R$ 30 (adultos) e R$ 15 (crianças)
Redes Sociais: Instagram e Facebook.

Quinta da Mildau

Com o objetivo de trazer liberdade e conectar o público com a natureza, a família Wiezbicki abriu as portas da sua casa em 2013 para receber passeios escolares. Esse foi o início da Quinta da Mildau. Hoje, o espaço recebe o público em geral e conta com capacidade de acolher cerca de 150 pessoas.

Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Rosele Wiezbicki foi quem viu potencial no terreno da família e deu o pontapé inicial na ideia. Ela e a mãe começaram recebendo as crianças e alugando o espaço para pequenos eventos, mas com a pandemia, resolveram abrir aos fins de semana para piqueniques.

A Quinta do Mildau tem muitas coisas para oferecer, entre elas, a liberdade, diz Rosele. “Aqui é para ficar descalço, ser livre”. As crianças são as que mais aproveitam. Brincam com os animais, mexem na terra, molham os pés no lago.

Na Quinta da Mildau, as crianças ajudam a alimentar os animais, como os coelhos | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Entre as atrações do local, está a trilha ecológica, o cuidado com a horta, alimentação dos peixes e coelhos, além da interação com as galinhas. “As crianças vem aqui e saem correndo atrás delas. Adoram estar com os animais”, conta Rosele.

É essa liberdade que trouxe o público para a Quinta da Mildau. Hoje, com a demanda alta, Rosele orienta que as famílias entrem em contato e façam reservas para passar o dia no local. “As vezes alcançamos a capacidade máxima só com as reservas”, conta.

A Quinta do Mildau abre nos dias de semana para visitas escolares e aos fins de semana, as famílias para pequenos eventos, piqueniques e passeios.

Onde: Estrada Mildau, 1747, Pirabeiraba;
Quando: de sábado a domingo;
Contato: (47) 99146-0085;
Entrada: R$ 20 (adultos) e R$ 15 (crianças)
Redes Sociais: estão no Instagram e Facebook.

Acervo da família Wiezbicki, que criou um pequeno museu no terreno | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Parque dos Hemerocallis

Localizado em Joinville, o Parque dos Hemerocallis é o maior produtor da planta em toda a América Latina, além de contar com outras dezenas de espécies. O local conta com café e venda de flores, além dos jardins para passeio e apreciação.

Café do Parque dos Hemerocallis | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

O parque é conhecido também pela plantação de girassóis, que florescem entre julho e agosto. Esta é uma das épocas que mais recebem visitantes. Mas a novidade, não fica apenas para este período. “A estação do ano muda e de acordo com ela as flores. Estamos sempre nos atualizando”, explica Thiago Bergemann, proprietário.

Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

A trilha ecológica e o pequeno lago de peixes também chamam a atenção de quem passa. Eles são dóceis e alimentados pelas mãos dos próprios visitantes.

Thiago conta que recebem muitos ensaios fotográficos e até mesmo eventos no local, já que contam com uma capela perto dos jardins. A beleza dos jardins e das flores convida o público a retornar, principalmente na época em que florescem os girassóis, conta o proprietário.

Onde: rua Tenente Antônio João, 4257, Distrito Industrial Norte;
Quando: terça a sábado;
Contato: (47) 9789-0125;
Entrada: R$ 25.

Pequeno lago presente no parque. Os visitantes podem alimentar os peixes | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville
Capela do Parque dos Hemerocallis. Local costuma receber casamentos | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Museu da Dança

Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Aberto desde 2020, o Museu da Dança de Joinville conta com exposições dedicadas à vários estilos de dança e seus principais bailarinos.

Um museu moderno, possui recursos de vídeos, realidade aumentada, coreografias para dançar junto e também, um espaço dedicado somente ao Festival de Dança de Joinville, o maior do mundo neste segmento.

O espaço chama atenção pela tecnologia, a curadoria de imagens e peças expostas por seus corredores. Inclusive, o visitante recebe um celular para conferir algumas exposições com realidade aumentada. É possível, por exemplo, conferir um discurso do ex-prefeito de Joinville e ex-governador do Estado Luis Henrique da Silveira.

Realidade aumentada apresenta Luis Henrique da Silveira, ex-prefeito de Joinville e ex-governador do Estado | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Aberto há apenas um ano, o Museu da Dança convida os joinvilenses a visitá-lo e, também, a matar a saudade do festival, que não acontece desde o início da pandemia.

Onde: rua Vargeão, 79, América;
Quando: de terça a domingo, das 14 às 19 horas;
Contato: 3031-4471;
Entrada: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
Redes Sociais: estão no Instagram e Facebook.

Saltare Centro de Dança

Anexo ao colégio Germano Timm, o espaço foi criado para servir como uma “incubadora” de dança. A proposta, é receber grupos e dançarinos que não possuem salas para ensaio.

Idealizado pelo Instituo Festival de Dança de Joinville, o prédio estava sem uso e foi cedido a iniciativa privada, que deu origem ao Saltare.

O espaço também receberá a visitação do público e prepara a criação de um arquivo do Festival de Dança, aberto para consulta pública e trabalhos acadêmicos.

Dentro do prédio, há um café, comandado por mães de bailarinos que vieram de outros estados e que, ali, encontraram um meio de trabalho para viver na cidade da dança.

Onde: rua Orestes Guimarães, 406, América;
Quando: de segunda a quinta, das 9 às 20 horas, e sextas-feiras das 9h às 18h;
Contato: 3031-3894.

Casa da Cultura

A Casa da Cultura abriga diversas escolas de artes dentro do mesmo espaço. Há 50 anos, é utilizada pela Escola Municipal de Ballet. Além disso, conta com aulas de música, teatro e artes visuais.

Porém, o espaço não é usado apenas para formar artistas, mas também conta com exposições e galerias. Atualmente, está com a exposição Victor Kursancew, de terça a domingo, das 10 às 16 horas. A visitação é gratuita.

Além da galeria, o espaço da Casa da Cultura também conta com exposições de trabalhos de alunos. No local, são oferecidas aulas de cerâmica, desenhos, tapeçaria e tecelagem.

Exposição de cerâmica | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville
Exposição para as aulas de cerâmica | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Antes da pandemia, estavam matriculados cerca de 500 alunos, o que reduziu durante o período do ensino remoto. Porém, os gestores municipais já almejam retornar com as aulas e fortalecer o ensino da cultura da cidade.

Onde: rua Dona Francisca, 800, Saguaçu;
Quando: de segunda a sexta, das 8 às 18 horas. Exceto a galeria, que atende de terça a domingo, das 10 às 16 horas;
Contato: 3433-2266;
Entrada: O valor das aulas variam. A entrada no local é aberta.

Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville
Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville
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