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VÍDEO – Destroços de foguete chinês caem no Oceano Índico; ele foi visto em SC

Na sexta-feira, 7, ele foi visto no céu de Santa Catarina

Na madrugada deste domingo, 9, a mídia estatal chinesa informou que os destroços do foguete da China caíram no Oceano Índico, a oeste do arquipélago das Maldivas. Segundo informações, a maior parte do foguete se desintegrou com o forte atrito com o ar.

A reentrada do foguete na atmosfera terrestre era esperada há alguns dias. A estrutura Longa Marcha 5B, de 18 toneladas, reentraram na atmosfera no final da noite de sábado, 8, no Brasil. Era 10h24, no horário de Pequim.

Google Maps/Reprodução

Ainda da sexta-feira, 7, ele foi visto no céu de Santa Catarina. A passagem dele foi detectada em Monte Castelo, no Norte catarinense, pelas câmeras da estação do astrônomo amador Jocimar Justino. Confira vídeo abaixo.

Na madrugada deste domingo, as partes caíram nas coordenadas de 72,47° de longitude leste e 2,65° de latitude norte, informou o Escritório Chinês de Engenharia Espacial em comunicado. Portanto, o ponto de impacto foi no oceano.

Além disso, o site Space-Track, que é baseado em dados militares dos Estados Unidos, também confirmou as informações.

Preocupação com o foguete

Os Estados Unidos (EUA) acompanhavam o trajeto do foguete chinês descontrolado. Ele foi utilizado no lançamento de um módulo que marca o início do plano de Pequim, de construção de uma estação espacial que deve ficar completa no fim de 2022.

O módulo foi lançado em um dos maiores foguetes de transporte que a China tem, de acordo com o Pentágono. O local exato de reentrada do equipamento só pôde ser determinado algumas horas antes de ocorrer, de acordo com o Esquadrão de Controle Espacial norte-americano.

Apesar de a maior parte dos destroços acabar por se incendiar na entrada na atmosfera, o tamanho do foguete, de 22 toneladas, criou o receio de que algumas partes podem não se desintegrar e eventualmente atingir áreas da Terra.

Apesar de tudo, o risco era pequeno. Jonathan McDowell, astrofísico da Universidade de Harvard, disse que a situação não deveria criar grandes problemas. “Acho que as pessoas podem ficar descansadas. O risco de atingir alguma coisa ou alguém é muito pequeno. Pode acontecer, mas não perderia o meu sono por causa dessa possibilidade tão pequena”, disse na ocasião.

O astrofísico disse ainda que a melhor aposta sobre onde os destroços vão cair era no oceano Pacífico, simplesmente “porque ocupa o maior espaço da Terra”. Contudo, o foguete caiu no Índico.


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