Nilson Bastian/Festival de Dança de Joinville

Brenda Pereira
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‘Dinossauros’ sapateando no Festival de Dança de Joinville foram um dos destaques da primeira tarde do Festival Meia Ponta, que começou nesta terça-feira, 23. A coreografia “Jurassic Tap”, do grupo Espaço de Arte Simone Capucci, de Jacareí, em São Paulo, divertiu o público e conquistou o primeiro lugar no gênero sapateado com o conjunto.

O coreógrafo, Danillo Capucci, conta que essa foi a estreia da escola na categoria conjunto. São 13 dançarinas. “Elas dançam de dinossauros, que é um figurino que não é muito fácil de sapatear, porque é inflável. E essa música tem a contagem em cinco, então em vez de a gente contar até o número oito, que é o normal, o mais comum, a gente conta até cinco.Tem esses dois desafios que deixam a coreografia mais composta”, explica.

Ele também fala como surgiu a ideia para a coreografia a ser inscrita no Festival de Dança de Joinville. “Minha mãe, a dona da escola, fez um espetáculo ano passado que contava a história de um dinossauro. Ele não encontrava os amigos, estava perdido e, no fim, encontra os amigos dele, que são esses mini dinossauros”, diz Danillo.

Nilson Bastian/Festival de Dança de Joinville

A dançarina mais velha do grupo e também a mais alta foi escolhida para ser o dinossauro maior. “É como se fosse a principal e os outros são os amigos que se encontram, essa é a história que a gente passa, uma diversão”, explica o coreógrafo.

Julia Goes, de 13 anos, é a dançarina por trás do figurino do dinossauro maior. Ela dança sapateado desde os 2 anos. “É algo que eu gosto muito, eu não sei o que seria da minha vida sem a dança. É algo que importa muito pra mim”, diz Julia. Essa foi a estreia dela no palco do Festival de Dança de Joinville. “Foi muito emocionante porque é uma sensação única, só vivendo mesmo pra saber. É muito legal”, descreve.

Sapatear com a fantasia foi desafiador. “É um pouco difícil de respirar porque é uma roupa que eu estou toda fechada dentro dela, mas com o tempo, fui treinando, eu acostumei”, diz Julia. “O impulso para os passos é uma coisa que atrapalha muito. Por exemplo, eu fiz vários passos aéreos, se eu estou sem a roupa, eu tenho um braço maior para poder fazer esses passos aéreos, com a roupa isso me limita um pouco”, complementa.

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O grupo trabalha na coreografia desde agosto do ano passado. Quando receberam o resultado da seleção para o festival, o trabalho se intensificou. “Não só ensaios em grupo, ensaios individuais ou duplas, para que a gente possa lapidar um por um. Porque às vezes quando a gente ensaia só em conjunto, a gente não consegue ver o erro, a dificuldade de cada um. É um trabalho duro, mas a gente fica feliz de estar aqui”, finaliza Danillo.

Nilson Bastian/Festival de Dança de Joinville

Assista ao vídeo da apresentação:

Festival Meia Ponta

O Festival Meia Ponta é a modalidade competitiva do Festival de Dança de Joinville dedicada às crianças com idade entre 10 e 12 anos. Quase 40 grupos apresentam mais de 60 coreografias no evento que segue até sábado, 27, quando acontece a Tarde dos Campeões.

Os bailarinos sobem ao palco do Teatro Juarez Machado em quatro tardes para apresentações solo, duo e em conjunto em oito diferentes gêneros da dança: Sapateado, Danças Urbanas, Jazz, Balé Clássico de Repertório, Balé Neoclássico, Danças Populares Brasileiras, Danças Populares Internacionais e Dança Contemporânea.

Eles são avaliados por uma banca fixa com três jurados, além de especialistas nos gêneros Danças Populares Brasileiras, Danças Populares Internacionais, Danças Urbanas e Sapateado. As apresentações competitivas acontecem às 14h, mas os pequenos voltam ao palco às 16h, quando se reapresentam, desta vez, sem o nervosismo da competição.

Já a Tarde dos Campeões, que acontece neste sábado, 27, é o momento da premiação: os bailarinos vencedores de cada gênero e subgênero apresentam suas coreografias mais uma vez e recebem seus troféus. Além disso, também são premiados o Melhor Bailarino, a Melhor Bailarina, a Melhor Apresentação e o Melhor Grupo.


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