VÍDEO – MP-SC vai analisar soltura de fogos de artifício na abertura do Natal de Joinville
Evento ocorreu em frente ao prédio da prefeitura há oito dias
Evento ocorreu em frente ao prédio da prefeitura há oito dias
O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) vai analisar a soltura de fogos de artifício na abertura do Natal de Joinville, que aconteceu no dia 24 de novembro. O órgão recebeu uma denúncia de que os fogos de artifício utilizados no evento estariam com ruídos/efeitos sonoros, o que estaria em desacordo com uma lei sancionada neste ano.
A lei complementar nº 84 proíbe a soltura de fogos de artifícios com ruídos, assim como outros artefatos pirotécnicos de efeito sonoro no município, e foi sancionada em julho pelo prefeito Adriano Silva (Novo). Ela passou a valor a partir do dia 30 de agosto.
Na prática, o texto altera o Código de Posturas, incluindo a proibição da soltura de fogos de artifício com ruídos no artigo 55, que proíbe a soltura de balões, de fogos em logradouros públicos ou em janelas voltadas para esses espaços, e o acendimento de fogueiras em logradouros públicos.
Entre a argumentação para a proibição estão os efeitos que o volume em decibéis pode causar em animais, crianças, idosos e pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).
Conforme a denúncia recebida pelo MP-SC, que partiu de uma moradora da cidade, os fogos que teriam sido soltos produz 70 decibéis de ruído, em quanto a audição de
cães e gatos só suportaria 40.
“Sem falar em toda avi fauna que vive no morro do Boa Vista e todas as espécies de hábitos noturnos como as corujas, gambas e outros animais típicos da Mata Atlântica. Vamos ficar atentos quantos cães e gatos fugiram de casa depois desta linda festa de fogos chamados sem ruído. E mesmo que aleguem que não faz ruído, faz muita luminosidade, o que afasta e estressa toda uma ave fauna noturna”, descreveu a moradora.
“Se cada um produz 70 decibéis, a soma de centenas soltos ao mesmo tempo, passam muito mais do suportável para ave da fauna ali no Morro do Boa Vista”, complementa. Por conta disso, o MP-SC instaurou uma notícia de fato para apurar o caso.
O documento foi assinado na última terça-feira, 26, e a prefeitura tem o prazo de dez dias para esclarecer sobre a suposta soltura de fogos de artifícios com ruídos/efeitos sonoros, além de esclarecer quais materiais foram utilizados para produzir os efeitos visuais.
Em contato com a reportagem do jornal O Município Joinville, a Prefeitura de Joinville alega que os materiais usados estavam conforme a legislação e diz que irá responder o MP-SC dentro do prazo estipulado.
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