VÍDEO – Pais de menino que morreu em hospital de Balneário Camboriú protestam na frente de governador e prefeita

Jorginho Mello e Juliana Pavan ouviram críticas de pais durante coletiva de imprensa interrompida

VÍDEO – Pais de menino que morreu em hospital de Balneário Camboriú protestam na frente de governador e prefeita

Jorginho Mello e Juliana Pavan ouviram críticas de pais durante coletiva de imprensa interrompida

Thiago Facchini

Os pais do menino Ragnar, que morreu durante um parto no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, neste ano, fizeram cobranças na frente do governador Jorginho Mello (PL) e da prefeita Juliana Pavan (PSD). O protesto aconteceu durante cerimônia de estadualização da unidade, neste domingo, 20. Eles interromperam uma coletiva de imprensa.

O caso é investigado. Os pais afirmam que houve negligência médica e pedem por justiça, bem como auxílio da gestão do hospital. Quando a morte ocorreu, a unidade era de responsabilidade da Prefeitura de Balneário Camboriú. Agora, está sob administração do governo do estado.

O pai de Ragnar fez diversas críticas à antiga gestão municipal. Ele afirma que recebeu apenas uma visita do programa de apoio Abraço à Vida, da prefeitura.

“Queria ver com o senhor [governador] como vai ficar a morte das crianças que passou da antiga gestão (sic). Perdi meu filho com nove meses aqui dentro do hospital, e até hoje não tive resposta”, protestou o pai.

Ele alega ainda que a prefeitura não prestou auxílio, sob suposta justificativa de que a família mora no município vizinho de Camboriú, e não em Balneário Camboriú.

O governador Jorginho Mello respondeu ao pai de Ragnar que a Justiça investiga o caso e que será cumprido o que for decidido. Além disso, disse que não era momento de criar polêmica com a gestão municipal.

“Estamos investigando. A Justiça vai se pronunciar. Assim que se pronunciar será cumprido o que a Justiça determinar e responsabilizar quem tiver que responsabilizar. Ponto”, respondeu Jorginho.

A prefeita Juliana Pavan tentou se manifestar, dizendo que as reclamações eram direito do pai, mas não conseguiu completar a frase, pois foi interrompida. A mãe de Ragnar relatou, durante o protesto, problemas no momento do parto.

“Eu pedi uma cesária e a enfermeira falou que a melhor coisa era um parto normal. Se ela tivesse feito a cesária, meu filho estaria no meu colo hoje. Ele era saudável. Tinha 50 centímetros e mais de três quilos. Só eu sei a dor que senti fazendo força e a médica falando que não era para tanto”.

Em seguida, o ato foi encerrado. Jorginho Mello foi até o pai de Ragnar, tocou o peito dele e disse: “um abraço”. Todos deixaram o local na sequência.

Resposta da antiga gestão do hospital

Um vídeo do momento do protesto foi registrado pelo repórter Gerson Felippi, da Rádio Menina, e publicado no Instagram da rádio. A Prefeitura de Balneário Camboriú, que administrava o hospital na época da morte de Ragnar, se manifestou nas respostas dos comentários.

Em um deles, o Executivo escreveu que a dor do pai comoveu a todos, e disse que sabe que não há palavras para diminuir o sofrimento da perda do filho. A prefeitura afirma que ele foi “ouvido com respeito naquele momento difícil”.

“A prefeitura tem tratado o caso com total seriedade. Desde o ocorrido, o Hospital Ruth Cardoso adotou medidas imediatas, como o afastamento do profissional, auditoria interna e comunicação ao CRM. Seguimos acompanhando de perto as investigações e prestando todo apoio à família”, escreveu a prefeitura, por meio do perfil institucional no Instagram.

Assista ao vídeo


Assista agora mesmo!

Casarão Neitzel é preservado pela mesma família há mais de 100 anos na Estrada Quiriri, em Joinville:

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo