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VÍDEO – “Queremos respirar, asfalto já”: moradores penduram faixas em protesto por falta de pavimentação em Joinville

Principais reclamações envolvem poeira, lama e a alta velocidade dos veículos que transitam pela região

“Socorro! Queremos respirar, asfalto já”. Essa é uma das várias faixas espalhadas pelos muros das casas de moradores das ruas Elza de Oliveira, no bairro Jarivatuba, e Eurides Francisco Tomasoni, no Ulysses Guimarães, em Joinville. Os cartazes foram colocados no último domingo, 22.

A manifestação foi realizada para reivindicar a pavimentação na rua, que liga duas vias importantes. As principais reclamações envolvem a poeira, a lama e a alta velocidade dos veículos que transitam pela região.

Além das doenças respiratórias, são registrados diariamente danos materiais por conta dos buracos. | Crédito: Yasmim Eble/O Município Joinville

Zulma Elotelirio, que mora há 17 anos na rua, conta que o problema é antigo. “As coisas começaram a piorar quando abriram a via aqui há nove anos. Antes era sem saída e não tinha tanto movimento. Agora a gente tem que tomar cuidado até andando na calçada”, relata.

Assista ao vídeo:

O neto de Zulma, de apenas 10 anos, desenvolveu alergia e bronquite por conta do contato diário com a poeira que vem da rua. “Ele sempre foi saudável, mas agora está indo no hospital direito. Semana passada ficou de atestado por conta da bronquite”, conta.

A situação se repete com a filha da moradora Adriana Mello. A menina, de apenas 7 anos, está fazendo tratamento médico por conta da alergia que desenvolveu com a poeira. “O médico falou que a solução seria nos mudarmos daqui, mas não tem como. Aqui não pagamos aluguel e construímos tudo com muito suor”, comenta.

Yasmim Eble/O Município Joinville

Adriana, de 33 anos, foi criada na rua e viu a mudança no dia a dia dos moradores. “As crianças hoje ficam trancafiadas dentro de casa, não podem nem ficar na frente da casa porque já aconteceu de baterem nos muros. É perigoso”, ressalta.

Buracos e prejuízo

Além do desenvolvimento de doenças respiratórias, os prejuízos materiais também são registrados. Cesar Vicente, que mora na rua há 18 anos, relata que as chuvas geram muitos buracos na via.

“Já ajudamos diversos moradores que bateram em muros por perder o controle do veículo. Tem muita gente que acaba com o pneu furado também”, explica. Os moradores também precisam lidar com rachaduras nas paredes por conta do grande fluxo de veículos em horários de pico, como no período matutino e no início da noite.

Assista ao vídeo:

Adriana conta que precisou desistir de um negócio porque os clientes deixaram de ir até o local. “É bem perigoso passar por aqui, tem muito trânsito. Muito ônibus, caminhão e carro. Além da poeira, é difícil para transitar, então os clientes deixaram de vir”, acrescenta.

A joinvilense Zulma Elotelirio também divide a mesma opinião. “Ou fica tudo fechado e trancado ou precisamos limpar a casa o tempo todo. Esse final de semana eu limpei a lavação e duas horas depois dava para escrever em cima da máquina com a poeira”, completa.

O que diz a Prefeitura

Em uma nota enviada ao jornal O Município Joinville, a Secretaria de Comunicação relatou que nos próximos dias será assinada a ordem de serviço da pavimentação da rua Eurides Francisco Tomasoni. “A rua Elza de Oliveira, por ser uma continuação dessa via, também será contemplada por essa obra de pavimentação”, finaliza a nota.

O edital 147/2022 prevê a pavimentação da rua. A empresa vencedora foi a Infrasul, contratada no valor de R$ 3.128.455,73. O resultado foi homologado no fim de abril deste ano. O prazo para execução da obra será de 12 meses, contados a partir do recebimento da ordem de serviço eletrônica, podendo ser prorrogado.


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