Webdocumentário de O Município Joinville revela quem são os povos originários da cidade
Especial Os Primeiros Joinvilenses será lançado nesta quarta-feira, quando cidade completa 171 anos
Especial Os Primeiros Joinvilenses será lançado nesta quarta-feira, quando cidade completa 171 anos
O jornal digital O Município Joinville lança nesta quarta-feira, 9, o especial Os Primeiros Joinvilenses, em comemoração aos 171 anos anos da cidade.
Buscando surpreender os leitores com um tema inédito e exclusivo, o projeto investiga quem habitava a região há pelo menos 10 mil anos antes da fundação oficial da cidade, em 1851.
O diretor de Jornalismo e Operações do Grupo O Município, Andrei Paloschi, destaca que o tema foi escolhido para trazer um ângulo diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver no aniversário de Joinville. “Sabemos da importância dos colonizadores europeus, mas também achamos importante mostrar que já havia vida na região antes da chegada dessa população”.
Este é o segundo projeto em vídeo produzido pelo jornal, sendo o primeiro em formato de webdocumentário. “Queríamos algo para chamar a atenção dos joinvilenses, mas que também pudesse ser utilizado como ferramenta de ensino. Inclusive, após a veiculação, vamos distribuir o material para todas as escolas públicas e privadas da cidade”, diz a editora-chefe de O Município Joinville, Brenda Pereira.
O projeto tem patrocínio do Colégio Machado de Assis, da Multiplike Soluções Financeiras e da Oral Sin – Joinville.
O webdocumentário ouve as arqueólogas Dione da Rocha Bandeira e Fernanda Borba, ambas do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (Masj), e conta a trajetória de quem pisou por primeiro no território joinvilense e quem viveu aqui até a chegada dos germânicos.
Existia vida na região de Joinville 10 mil anos AP (antes do presente). As terras, que faziam parte do dote de casamento da princesa Francisca Carolina com o príncipe François Ferdinand Phillipe Louis Marie, já foram morada de outros povos, chamados de originários.
A produção também ouve Leonardo Luíz Euzébio, indígena guarani, da aldeia Yvapuru, em Araquari, e a historiadora Valdete Daufemback Niehues.
Com planejamento iniciado em setembro de 2021, a equipe de produção se debruçou em diferentes etapas de trabalho: pesquisa, contato com fontes, pré-entrevistas, roteiro, entrevistas finais, edição e lançamento nas plataformas digitais do jornal.
Em seis meses de produção, diferentes momentos marcaram a equipe envolvida no projeto. Entretanto, os destaques se voltam para os dias de gravação e capturas de imagens, realizados pelo repórter Lucas Koehler e pelo cinegrafista e fotógrafo Tiago Schumacher. “Vivências únicas, conversas com fontes e proprietários de terrenos que abriram sentimentos, histórias e portões para que o documentário pudesse ser realizado”, cita Lucas.
Durante as gravações, foram 259 quilômetros viajados, de carro e balsa, para visitar dois locais relacionados à tradição umbu, cinco sítios sambaquis, uma aldeia indígena, uma praça pública de Joinville e o Masj.
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O cinegrafista Tiago diz que Joinville é ímpar. “Literalmente tem de tudo, cada bairro parece um mundo diferente. Ora me via entre mangues, depois em vastas plantações entre montanhas, e por fim chegávamos a lagoas imensas e ao mar”.
A ida à Vila da Glória é o destaque para Lucas. “Entramos em um carro apenas com pontos de referência no mapa. Passamos por mar e terra até encontrarmos onde os primeiros joinvilenses pisaram”, conta.
O repórter também destaca Leonardo, fundamental para o acesso da equipe à aldeia Yvapuru e os coletores de lixo que, sob o sol e em momento de descanso, auxiliaram a encontrar o local exato do sítio sambaqui Rio Comprido, no bairro Comasa.
Outro registro importante é sobre Antenor Eufrasio da Silva, proprietário do sítio onde está localizado o sambaqui Ribeirão do Cubatão, no bairro Cubatão, que afetivamente abriu as portas de sua propriedade, apresentou todo o espaço sambaquiano e brindou a equipe com água gelada em um dia com 40 ºC nos termômetros. “Pessoas fundamentais para que, hoje, a população possa assistir o documentário”, finaliza o repórter.