Divulgação

A Whirlpool Corporation, maior fabricante mundial de eletrodomésticos, registrou aumento de 54% no segmento de refrigeradores, mesmo durante a pandemia de Covid-19. Apesar da desaceleração econômica global registrada em meio a crise sanitária, entre julho e setembro de 2020 a empresa alcançou crescimento de 13,7% na América Latina.

Os produtos da linha branca foram os mais procurados durante o isolamento social, com destaque para lavadoras, fogões e cooktops.

Com viagens ao exterior, turismo, restaurantes e casas noturnas fechados, o público consumidor do mercado de luxo e de produtos premium acabou levando essa experiência para dentro de casa, analisa Helder Santos, diretor da multinacional de Joinville. Esse movimento impulsionou o setor de eletrodomésticos e contribuiu para readequação nos costumes da população.

“Ficar mais com a família e sair menos em compras no shopping ou viagens é um hábito que deve ser mantido (após a pandemia)”, acredita.

Para além desse nicho, com o aumento do tempo despendido em casa, Santos diz que as famílias brasileiras foram confrontadas com novas necessidades: aumento de louça, alimentação caseira, entre outros. Dessa maneira, seja pela inserção da lava-louças na cozinha ou pela troca da geladeira por um modelo frost free, o setor de eletrodomésticos registrou grande crescimento no Brasil.

“Como estratégia do negócio e dada a imprevisibilidade que temos passado no último ano, não tenho uma expectativa para traçar. No entanto, o que posso afirmar é que esse movimento de intensificação dos laços com a casa reforçam a necessidade por produtos de qualidade e que facilitem o dia a dia das pessoas, trazendo uma certa estabilidade para o setor”, completa. Para ele, apesar dos bons resultados em 2020, ele define o ano como desafiador.

Inovação

Apesar de não divulgar receita e investimentos por políticas internas, Santos confirma que a Whirlpool mantém seus investimentos em inovação na ordem de 3% a 4% de seu faturamento.

Em Rio Claro (SP), por exemplo, existe um polo de produção e pesquisa de lavanderia doméstica na América Latina. Já em Joinville, a empresa conta com o maior Centro de Tecnologia de Refrigeração da Whirlpool no mundo, para o desenvolvimento de tecnologias e produtos a partir de tendências e constante evolução do setor.

No total, são 650 profissionais dedicados em PD&I e dois centros tecnológicos no país, exportando tecnologia para mais de 45 países.

Desde de 1981, a empresa também mantém uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de pesquisas, gerar conhecimento e atrair talentos para a criação de produtos mais competitivos e diferenciados, afirma Santos.

“Com a descoberta do mercado on-line por novos consumidores, aceleramos as inovações nos nossos canais digitais para melhorar a experiência do nosso consumidor. Utilizando o modelo “agile fail fast” de implementação de melhorias, os canais de compras online foram capazes de melhorar a interação e experiência dos nossos consumidores”, diz.

Ele acredita que o caminho é, justamente, olhar para o comportamento do consumidor para atender às novas necessidades.

Consumo pela internet

Mesmo no contexto de pandemia, com aquecimento do setor devido ao auxílio emergencial e maior investimento dos consumidores em eletrodomésticos, explica, o fator decisivo para a expansão do mercado — e que deve permanecer —, é a mudança de perfil do consumidor, que cada vez mais consome pela internet.

“Essa reinvenção para atender às demandas de um consumidor cada vez mais conectado será primordial para uma recuperação do setor e temos feito isso constantemente dentro da Whirlpool, desde o início da pandemia, investindo mais em nossos canais de compra direta, aplicando metodologia ágil nos nossos processos e investindo em novas formas de atender esses consumidores”, garante.

Com a internet, novas fontes foram agregadas ao processo de escuta do consumidor, a exemplo das redes sociais das marcas, que trazem conteúdo rico sobre a interação do consumidor com nossos produtos e serviços, diz Santos. Esta é a estratégia utilizada pela empresa para se aproximar dos clientes e vivenciar junto a eles cada etapa, desde a pesquisa por um produto até a solicitação de reparo.

Segundo o diretor, durante a pandemia, os sites da empresa registraram 37% de novos e-buyers. No entanto, mesmo com este crescimento on-line, as experiências geradas nas lojas físicas não foram totalmente eliminadas, já que 11% dos consumidores compraram on-line e retiraram na loja. Ele garante que não ocorrerá a migração completa do físico para o digital, e que o dever da empresa é fornecer serviços para todos os nichos.

“Acreditamos que todo desenvolvimento e inovação dentro da Whirlpool deve trazer um propósito ou atender a uma necessidade dos consumidores. Não basta inserir processos inteligentes sem ouvir e buscar solucionar os problemas dos nossos clientes”, finaliza.

História

Com 11 mil funcionários em todo Brasil, a Whirlpool, antiga Consul de Santa Catarina, produziu sua primeira geladeira em Joinville, no ano de 1950. A peça foi fabricada em um pequeno galpão onde hoje funciona o Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria.

Em 70 anos de história, a unidade em Joinville vem alcançando números expressivos em inovação, sustentabilidade e resultados em produção de produtos e serviços – contando inclusive com o Centro Global de Tecnologia de Refrigeração na cidade.

Pandemia

Acompanhando de perto o cenário de pandemia no Brasil e no mundo, de acordo com Santos, a Whirlpool implementou nas suas unidades fabris diversas medidas e protocolos rígidos para evitar a proliferação da Covid-19.

Além disso, como detentora de algumas das marcas mais relevantes do país, além da doação de produtos e aportes financeiros em hospitais e instituições – que totalizam mais de R$ 6 milhões -, a empresa passou a produzir máscaras em suas fábricas para auxiliar diversas instituições para o desenvolvimento ou reparo de ventiladores pulmonares.

“Dentro do contexto incerto que vivemos frente à pandemia, seguimos nos apoiando em nossos pilares para a evolução do setor, ainda sem certeza do que vem pela frente. Dessa forma, a nossa promessa se mantém em apoiar a sustentabilidade e, por consequência, ações de responsabilidade social que fazem parte direta de nossa cultura”, aponta.

Mesmo pós-pandemia, Santos garante que o foco mais constante ainda será manter as decisões dos negócios priorizando as necessidades do público, garantir o acesso a todos os produtos e serviços necessários de forma ágil e, principalmente, com segurança e qualidade, diz.

“Estamos atentos a todas as mudanças de hábitos que serão mantidas no pós-pandemia e as mudanças necessárias para nos adaptarmos a isso”, finaliza.


Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município Joinville. Clique na opção preferida:

WhatsApp | Telegram


• Aproveite e inscreva-se no canal do YouTube