Após 16 horas de júri, advogado é condenado por matar pai e irmã em São Bento do Sul
Sessão de julgamento durou 16 horas
Sessão de julgamento durou 16 horas
O advogado de São Bento do Sul, acusado de matar pai e irmã, foi condenado por duplo homicídio e terá de cumprir 20 anos e 8 meses de reclusão. A sessão de julgamento começou às 9h desta terça-feira, 19, e terminou à 1h desta quarta-feira, 20.
Conforme denúncia do Ministério Público (MP-SC), por meio da atuação do promotor de justiça Djônata Winter, o crime foi cometido por motivo torpe, pois o réu teria interesse nos bens do pai. Ainda segundo o processo, o acusado não aceitava o reconhecimento da filiação da irmã, realizado poucos anos antes, e, consequentemente, a possível divisão dos bens acumulados por seu pai.
Para a realização do julgamento, testemunhas e réu foram interrogados via videoconferência para evitar deslocamento devido aos protocolos de segurança sanitária estabelecidos pela Diretoria de Saúde do TJ-SC.
O crime ocorreu em setembro de 2018, em São Bento do Sul. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP-SC), o réu, que é advogado, teria ido ao escritório onde estavam o pai e a irmã. Após iniciar uma conversa, o homem sacou uma arma e atirou contra o pai.
Sem munição na arma, o acusado saiu para recarregá-la, sendo seguido pela vítima, que mesmo ferida, tentou contê-lo. Porém, por conta dos ferimentos, o homem caiu ao chão, impossibilitado de se defender, aponta o MP-SC. A partir disso, o réu terminou de recarregar sua arma e efetuou mais um disparo na cabeça de seu pai, que não resistiu.
Ao retornar ao escritório, o advogado teria encontrado a porta trancada. A irmã havia chaveado o local e ligava para a Polícia Militar. Neste momento, o homem atirou contra a porta, mas não atingiu a vítima.
Ainda segundo a denúncia do MP-SC, como não conseguia entrar escritório, o réu foi até a janela lateral e, por ela, efetuou outros disparos contra a irmã, atingindo seu braço e cabeça, que não resistiu aos ferimentos.
Acusado do crime, o réu foi preso e continua privado de liberdade na Penitenciária Regional de Itajaí. Ele responde por duplo homicídio.
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