Após queda de calçada, empreiteira que trabalhou em obras do rio Mathias se manifesta
Nota foi divulgada nesta quarta-feira
Nota foi divulgada nesta quarta-feira
O Consórcio Motta Junior, empreiteira responsável pelas obras de macrodrenagem do rio Mathias, se manifestou nesta quarta-feira, 24, sobre a queda da calçada sobre a galeria do rio Cachoeira. Nota foi emitida após declarações da Prefeitura de Joinville.
“O Consórcio repudia as afirmações infundadas feitas publicamente pela Prefeitura Municipal no dia de ontem (23/11/2021), quando descabidamente tentou-se vincular o acidente (rompimento das lajes) aos serviços realizados para execução da obra de macrodrenagem”, diz a empresa em nota.
De acordo com o prefeito Adriano Silva, em coletiva de imprensa, a queda não aconteceu nos locais onde foram realizadas as recentes obras do Rio Mathias, mas em uma intersecção entre as galerias antigas do fluxo normal das águas.
Porém, o prefeito classificou as obras do rio Mathias como “herança muito ruim para a cidade”. De acordo com ele, por conta dos problemas na obra, não é possível ter previsões sobre as possíveis consequências no local.
A empreiteira alega que que o contrato foi rescindido de forma unilateral, sem a finalização dos projetos. Ainda assim, ao finalizar o contrato com o município, a empresa teria isolado o local com tapumes, posteriormente retirados pela prefeitura.
“Não foi o Consórcio quem instalou tais placas de laje que romperam, não tendo interferido nos serviços executados pelo Município de Joinville no local, nem tampouco na sua decisão de liberar a área para acesso da comunidade. Até mesmo porque, os contratos de execução da obra do Rio Mathias firmados com este Consórcio já estavam rescindidos quando da intervenção na área, feita pela Prefeitura Municipal em 2021”, afirma.
Segundo o governo municipal, neste ano, foi realizado a recuperação da acessibilidade da calçada com pavers, um tipo de calçamento. Agora, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e a Defesa Civil levantam informações para checar o que foi deixado pela empreiteira após rescisão do contrato e eventuais adequações feitas posteriormente.
Ainda na noite do acidente, na segunda-feira, 22, o Instituto Geral de Perícias (IGP) e a Polícia Civil já iniciaram os trabalhos de investigação e perícia da estrutura rompida. O resultado do laudo pode demorar cerca de 30 dias ou mais.
Projetos antigos e recentes também deverão ser analisados pelo IGP e Polícia Civil. A empreiteira afirma que nesta quarta-feira tentou entrar em contato com o órgão de segurança para se colocar à disposição das investigações, sem sucesso.
O jurídico da empreiteira afirma que serão disponibilizados os projetos, fotos e vídeos que registram os locais das obras antes e durante as intervenções do Consórcio Motta Junior.
“O Consórcio se sensibiliza com o acidente sofrido pelas vítimas e seus familiares, repugnando toda e qualquer suposição feita sem respaldo técnico sobre as causas desse acidente, as quais devem ser apuradas com responsabilidade e seriedade, em respeito não só às vítimas e seus familiares, como à toda população de Joinville”, finaliza a nota.
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