Assassino de Cleide Gonçalves contou versão falsa do crime, diz Polícia Civil de Araquari

Homem afirmou que teria atropelado a vítima sem querer, mas versão não bate com provas encontradas

Assassino de Cleide Gonçalves contou versão falsa do crime, diz Polícia Civil de Araquari

Homem afirmou que teria atropelado a vítima sem querer, mas versão não bate com provas encontradas

Redação O Município Joinville

A Polícia Civil de Araquari revelou nesta sexta-feira que o assassino confesso de Cleide Gonçalves, 31 anos, afirmou em depoimento que teria atropelado a vítima sem querer. As investigações, porém, mostram que a mulher que estava desaparecida há cinco dias foi agredida antes de morrer com uma perfuração na região pélvica. O autor ainda tentou cortar o corpo da vítima ao meio antes de enterrá-lo nos fundos da sua casa, no bairro Porto Grande.

O homem de 26 anos, que não teve o nome revelado, está preso preventivamente na Unidade Prisional Avançada (UPA) de São Francisco do Sul desde quinta-feira, 24, quando confessou o crime.

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De acordo com a investigação, Cleide e o autor do crime se conheceram no dia da sua morte em um bar. A vítima estava com uma amiga. O homem passou o dia pagando bebida para elas. Ao encontrar novamente Cleide, dessa vez sozinha, tentou uma forma de “pagamento”, aproveitou que estavam sozinhos indo comprar lanche e levou a mulher a um local ermo.

Ainda segundo a Polícia Civil, a vítima teria se recusado a “ceder às suas investidas” e passou a ser agredida. Foi o homem que levou a polícia até onde enterrou Cleide.

Versão do acusado

Ao procurar a polícia para confessar o crime e levar os policiais até onde enterrou a vítima, o homem deu uma primeira versão para o caso, já contestada pelos investigadores. Ele afirmou que conheceu Cleide e sua amiga no bar. Saiu com a amiga e mais tarde voltou ao mesmo local onde encontrou novamente com a vítima. Em sua versão, por volta das 21 horas, Cleide pediu para eles comprarem um lanche, nesse momento, ele diz que ela teria tirado dinheiro da carteira dele. Ao perceber, eles passaram a discutir.

A vítima foi levada para um local ermo, onde a discussão evoluiu para uma briga. O homem teria rasgado a roupa dela e encontrado o dinheiro. Em sua versão, ele teria atropelado ela ao tentar deixar o local, levou o corpo para sua casa e no dia seguinte resolveu enterrá-lo. Segundo a polícia, a versão não é compatível com os elementos colhidos pelos peritos, ferimentos no corpo da vítima e demais evidências.

Ainda segundo os investigadores, ele foi interrogado duas vezes e, em todas as oportunidade, mudou parte da história, esqueceu detalhes importantes e entrou em contradição com os elementos apresentados.

Ele está sendo processado por ocultação de cadáver e fraude processual. A polícia ainda apura o crime de homicídio e aguarda o término dos laudos da perícia.


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