Audiência pública discute exclusão do sistema viário básico de Joinville
Projeto de lei propõe mudanças na avenida Aluísio Pires Condeixa, no bairro Saguaçu
Projeto de lei propõe mudanças na avenida Aluísio Pires Condeixa, no bairro Saguaçu
Na noite desta terça-feira, 19, uma audiência pública foi realizada na Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ) para discutir o projeto de lei complementar 27/2019, que realiza a exclusão do Sistema Viário Básico de Joinville, com foco em mudanças na avenida Aluísio Pires Condeixa, entre as ruas João Pessoa e Sombrio, no bairro Saguaçu.
Convocada pela comissão de Urbanismo, a atividade contou com a participação de Diego Felipe da Costa, representante da Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável (Sepud). Ele afirma que o atual plano viário está em revisão, com previsão de entrega para o fim deste ano. “Alguns eixos serão mantidos, extintos e outros criados”, diz. De acordo com ele, os estudos são feitos por um empresa internacional.
Vicente Fernandes, morador do Saguaçu, explica que participou da atividade para pedir auxílio à Câmara. “A Prefeitura de Joinville já teve 48 anos para analisar e ainda não resolveu”, reclama. Para ele, é necessário haver respeito entre contribuinte e o município. “Nós queremos empreender, mas estamos sendo prejudicados”, comenta.
Vinícius Gonçalves, outro representante da comunidade, também criticou que a lei, de 1973, precisa ser atualizada. “Não faz sentido, durante todo esse tempo, com a evolução do bairro, manter o documento”, opina.
Após o fim dos estudos, de acordo com Diego, da Sepud, serão entregues documentos na CVJ e, em 2022, promovidas audiências públicas nos bairros para discutir o projeto. O contrato com a empresa que realiza o trabalho foi acordado em 2019, durante a gestão do ex-prefeito Udo Döhler (MDB) e, até o momento, não atrasou nenhuma etapa.
Durante a audiência, a comissão de Urbanismo demonstrou apoio ao projeto de lei. Wilian Tonezi (Patriota), presidente da comissão, parabenizou os estudos promovidos pela Sepud, porém, criticou a demora das antigas gestões municipais para discutir o tema. “É uma vergonha a cidade ter, até hoje, um plano viário de 1973”, condenou.
Sidney Sabel (DEM) diz que a prefeitura já deveria ter atualizado o plano viário anos atrás. “Já causou prejuízos aos moradores e empreendedores da região”, ressalta. Já Neto Peters (Novo) destacou que a comissão é favorável ao projeto. “A pior coisa é o limbo, não saber se pode ou não construir no local”, argumenta.
Por fim, Adilson Girardi (MDB) expôs que a mudança é necessária para a comunidade e pediu apoio dos vereadores. “Temos a responsabilidade de melhorar a situação dos moradores”, finaliza.
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