Câmara de Joinville inicia votação para derrubada de veto ao projeto de erradicação da pobreza menstrual
Discussão continuará em sessão desta terça-feira
Discussão continuará em sessão desta terça-feira
A Câmara de Vereadores de Joinville iniciou na sessão ordinária desta segunda-feira, 7, a votação para derrubada do veto do Executivo ao projeto de lei da vereadora Ana Lúcia Martins (PT) para erradicação da pobreza menstrual.
Durante a tarde, na Comissão de Legislação, o projeto do vereador Lucas Souza (PDT) para derrubar o veto do prefeito Adriano Silva (Novo) foi aprovado pelos vereadores. Apenas Alisson Julio (Novo) votou contra.
Com a aprovação, o projeto entrou na pauta da sessão desta segunda-feira. Lucas solicitou votação nominal. O pedido foi aceito pela Casa e seis vereadores manifestaram voto. São necessários dez votos a favor – maioria absoluta, para a derrubada do veto.
Por conta da audiência pública sobre o passaporte da vacina em Joinville, que iniciou às 19h30, o presidente da Câmara, Maurício Peixer (PL), encerrou a sessão às 19h e a votação será concluída nesta terça-feira, 8.
Na tribuna, o vereador Lucas pediu para que os vereadores votem a favor da derrubada do veto. “Sabemos sim que ele [o projeto de lei] fará uma diferença enorme para a população”.
Wilian Tonezi (Patriota) foi o primeiro a votar na sessão. Ele se manifestou a favor do veto, justificando que já existem programas sociais de distribuição de renda que podem suprir essa demanda. Ele afirma que cabe às famílias que recebem o benefício priorizar a compra dos produtos de higiene porque recebem o dinheiro.
Outro vereador favorável à manutenção do veto foi Alisson Julio (Novo). Ele diz que o projeto é “inócuo” e que não responde para quem, como, quanto vai custar e quem vai arcar com os custos de distribuição dos itens de higiene. Também cita que a comparação da vereadora Tânia com o preservativo masculino é “excelente”, mas pontua que a iniciativa é do governo federal e que discutir a distribuição de absorventes deve ser determinada na União e não no município.
A vereadora Tânia Larson (PSL) votou a favor da derrubada do veto. Com um pacote de absorvente e um de preservativo masculino m mãos, questionou por que um é oferecido gratuitamente à população e outro não. “Por que nós mulheres não temos esse benefício”, diz. Ela opina que famílias em situação de vulnerabilidade não têm condições de comprar absorventes pois o valor mensal gasto com o item básico de higiene pode comprometer a compra do “pão de cada dia”.
Wanderlei Montero (PT), suplente da vereadora Ana Lúcia na Câmara, também manifestou voto favorável à derrubada do veto citando que a prioridade para a população em extrema pobreza é a alimentação.
O vereador Henrique Deckmann (MDB) também votou a favor da derrubada do veto. Ele diz é uma “vergonha” ter que debater o assunto e que a pobreza menstrual é resultado de uma “falta de planejamento no Brasil e de tanto roubo”.
Diego Machado (PSDB) manteve o mesmo voto de quando o projeto foi aprovado pela Câmara e se manifestou a favor da derrubada do veto.
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