Candidatos de SC ao Senado participam de painel em Joinville; veja propostas

Evento aconteceu nesta terça-feira e reuniu seis candidatos

Candidatos de SC ao Senado participam de painel em Joinville; veja propostas

Evento aconteceu nesta terça-feira e reuniu seis candidatos

Bernardo Gonçalves

Na manhã desta terça-feira, 20, o Conselho das Entidades Empresariais de Joinville, formado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville, Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresas (Ajorpeme), Associação Empresarial de Joinville (Acij) e Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Joinville (Acomac), realizou um painel com candidatos de Santa Catarina ao Senado nas Eleições 2022.

O evento aconteceu na sede da Ajorpeme. Foram convidados os oito candidatos de partidos com maior representatividade no Congresso. Deles, estiveram presentes Celso Maldaner (MDB), Dário Berger (PSB), Jorge Seif (PL), Kennedy Nunes (PTB), Luiz Barboza (Novo) e Ivandro de Souza (PSB), que representou como primeiro suplente do candidato Raimundo Colombo. 

Durante o painel, os candidatos responderam seis perguntas sobre temas como infraestrutura e as reformas da previdência e tributária, além de informar quais os compromissos com Joinville e região. Todos tiveram dois minutos para responder aos questionamentos, sem a possibilidade de réplica ou tréplica.

Além de organizar o painel, os candidatos também receberam um manifesto com os principais pleitos que as entidades joinvilenses consideram prioritárias para o setor produtivo e para a comunidade.

Confira as perguntas e respostas dos candidatos:

1 – Como pretende contribuir para melhorar a infraestrutura viária no estado? Se eleito, quais serão suas ações para trazer mais investimentos para as BRs 101 e 280 na região Norte?

Celso Maldaner

Celso cita um estudo para uma rodovia paralela à BR-101 de Garuva a cidade de Florianópolis. Diz também que irá brigar pelo contorno ferroviário.

Dário Berger

Dário frisa que a infraestrutura é essencial para desenvolvimento do país e cita que foi o senador que mais trouxe recursos para Santa Catarina, com mais de R$ 1 bilhão em investimentos e, deste montante, R$ 500 milhões foram para obras de infraestrutura.

Jorge Seif

O candidato cita que com uma junção forte entre os parlamentares catarinenses, com o ministério da infraestrutura, alinhado a sua experiência, grandes obras de infraestrutura serão feitas em Santa Catarina a partir das demandas de cada setor.

Kennedy Nunes

Kennedy promete um embate forte para conseguir recursos para obras em Santa Catarina. Cita que o o estado atual da Serra Dona Francisca é “vergonhoso”. Ele acusa o governo atual de abandonar a rodovia e diz que vai trabalhar para cobrar essas questões.

Luiz Barboza

Segundo Luiz Barboza, para melhorar a infraestrutura de Santa Catarina, é preciso viabilizar os processos, como a duplicação da BR-101, contornos viários e a presença de ferrovias para a disposição dos portos catarinenses.

Ivandro de Souza

Ivandro responde que a suplência é de Joinville e que a candidatura é para ajudar nas obras que a cidade precisa. O candidato também cita os problemas atuais da Serra Dona Francisca.

2 – A PEC 32, conhecida como reforma administrativa, muda regras para os funcionários públicos. Em caso de vitória nas urnas, apoiará a reforma administrativa? Justifique sua posição.

Celso Maldaner

Celso diz que é preciso corrigir a distorção que é a diferença entre os funcionários públicos e o trabalhador privado. Defende a meritocracia, além de afirmar que é totalmente favorável à reforma administrativa e contra privilégios.

Dário Berger

Dário diz que é necessário fazer coisas novas, reduzir o tamanho do estado, burocracias e maiores investimentos em inovação, para uma reconstrução e colocar o Brasil “nos trilhos”. De acordo com o candidato, as prioridades são fazer com que o crescimento aconteça, com mais empregos para, consequentemente, retirar o Brasil novamente do mapa da fome. Prega a mudança e apoia reformas.

Jorge Seif

Jorge diz ser necessário acabar com os privilégios e que, além da reforma administrativa, é preciso realizar uma reforma fiscal e privatizações. Também frisa que é necessário funcionários públicos na saúde, educação e segurança pública e, o restante, entregar para a iniciativa privada.

Kennedy Nunes

Para Kennedy, as reformas são uma realidade necessária a ser enfrentada. Diz concordar com algumas privatizações e que, além da reforma administrativa, precisa realizar as reformas tributária, fiscal e, principalmente, política.

Luiz Barboza

Para Luiz, é necessário simplificar as estruturas governamentais, para se dedicar à saúde, educação, segurança e infraestrutura. Diz também que é essencial trazer a infraestrutura governamental para o século 21, além de dizer que os investimentos estão invertidos e que é necessário mudar o Brasil “pelas suas entranhas”.

Ivandro de Souza

Cita que as equações do país estão erradas e que a mudança disso passa pelo custo da máquina pública. Segundo ele, essa é a principal questão a ser resolvida e, posteriormente, devem ser discutidas as reformas.

3 – Acompanhamos os conflitos na relação entre os três poderes. Quais os ajustes necessários para garantir a independência entre os três poderes sem prejuízo à democracia?

Celso Maldaner

Para Celso, o poder legislativo é o poder mais importante e que cada poder tem que administrar em sua competência. Cita que colocará os interesses de Santa Catarina em primeiro, caso seja eleito, que terá autonomia e que irá orgulhar os catarinenses, visto que colocará cada ministro “em seu lugar”.

Dário Berger

Para Dário, a democracia é algo que tem que ser defendida, que ela precisa ter pesos e contrapesos e que só é construída a partir de instituições fortes. Para ela funcionar, segundo ele, é preciso ter liberdade de opinião, uma imprensa livre e responsável e que o grande problema que o Brasil vive hoje é que algumas pessoas querem que a suprema corte decida por seus interesses próprios. Por isso, isso é o grande desafio atual e que é uma obrigação de todos combater essa questão.

Jorge Seif

Jorge Seif diz que o Supremo Tribunal Federal (STF) envergonha o país e que as decisões de Bolsonaro estão sendo interferidas por conta de um ativismo judicial, político e partidário. Para combater isso, segundo o candidato, é necessário primeiro a reeleição para que ele possa indicar ministros e, tendo um Senado alinhado, “acabar com essas atrocidades contra a constituição federal”.

Kennedy Nunes

Kennedy diz que está atualmente estudando o regimento interno do Senado e que participa de um grupo nacional de senadores que apoiam o presidente Bolsonaro que possui duas missões: ter assinaturas necessárias para convocar os ministros do STF para prestar depoimentos e formar uma frente ampla para que Renan Calheiros não seja presidente do Senado.

Luiz Barboza

Luiz Barboza responde o questionamento reforçando sobre a necessidade de uma reforma tributária.

Ivandro de Souza

Ivandro de Souza responde ser necessário coragem e determinação para debater o assunto no Senado. Diz que não é possível mudar tudo no primeiro dia. Por isso, para ele, é um ambiente de avanço, de recuo e muito diálogo.

4 – Como você imagina trabalhar para a simplificação e também para a redução dos impostos?

Celso Maldaner

Celso diz que grande taxas tributárias travam o avanço do país e que uma reforma tributária dará mais competitividade, com mais infraestrutura. Também destaca ser preciso que no governo federal precisa haver simplificação e transparência.

Dário Berger

Dário fala que a reforma tributária é necessária e que o governo teve quatro anos para fazer e não fez. Por isso, defende que necessário rever e simplificar os impostos, que para ele, devem ser progressivos, ou seja, quem recebe menos, paga menos, quem recebe mais, paga mais.

Jorge Seif

Para Seif, precisa de uma mudança na política brasileira. Para ele, isso significa colocar pessoas com comprometimento com o setor privado, a redução do estado brasileiro e a liberdade econômica.

Kennedy Nunes

Kennedy diz ser favorável ao imposto único e que o governo precisa prejudicar menos quem produz mais, além de destacar que nunca votará para o aumento de impostos.

Luiz Barboza

Luiz afirma que o partido Novo trabalha para redução do estado e que os principais riscos ficam com os empregadores. Sua proposta é retirar a carga dos empregadores em relação à demissão de funcionários e se diz favorável ao imposto único.

Ivandro de Souza

Ivandro diz que é necessária uma pressão popular em cima do congresso nacional em relação aos grandes aumentos nos impostos. Para ele, a discussão sobre a redução tributária precisa sair da mesa do empresário e ir para a mesa das pessoas.

5 – Quais as principais bandeiras da sua candidatura e quais suas propostas dentro das questionadas pelo Conselho das Entidades?

Celso Maldaner

Celso  diz que quer continuar sendo líder em trazer recursos para Santa Catarina e que irá brigar pelo pacto federativo. Além disso, quer acabar com os privilégios, além do foro privilegiado.

Dário Berger

Dário diz que o mais necessário neste assunto é pacificar o país e que para ser senador tem que estar preparado e apreço pela democracia. Frisa que possui experiências no poder legislativo, executivo e na iniciativa privada para poder continuar trazendo os recursos para Santa Catarina.

Jorge Seif

Seif afirma que é pró-vida, pró-família, anti droga, a favor do agronegócio, da reforma administrativa, reforma política, reforma penal e que é necessário o endurecimento das leis penais brasileiras, além de defender o pacto federativo, o imposto único e a privatização

Kennedy Nunes

Segundo Kennedy, o combate ao STF, a valorização das pessoas de bem e deixar as decisões dentro das quatro linhas da constituição são suas principais bandeiras como candidato ao Senado.

Luiz Barboza

Luiz Barboza pretende acabar com os abusos da “militância” do STF, a revisão dos pactos federativos, visto que Santa Catarina produz muito e recebe pouco, além do apoio da reforma política e ao fim do fundo eleitoral.

Ivandro de Souza

Ivandro reforça que será o representante da cidade na suplência do candidato Raimundo Colombo, fazendo assim “uma ponte” entre Joinville, Brasília e Florianópolis, para trabalhar questões para a cidade, como o fortalecimento do ensino técnico e a pagamento da folha de pagamento do Hospital São José.

6 – Se eleito, quais os seus compromissos com a comunidade de Joinville e região?

Celso Maldaner

Celso diz que vai trabalhar para a revisão do código florestal, realização do contorno ferroviário, quadruplicação da BR-101 e aumento dos efetivos da polícia.

Dário Berger

Dário diz que o compromisso dele com Joinville e Santa Catarina é continuar trabalhando como um senador municipalista e destinando verbas para as cidades do estado.

Jorge Seif

Jorge Seif diz que pretende realizar o ensino profissionalizante e técnico, visto que o empresariado da cidade tem se queixado da falta de mão de obra qualificada, principalmente dos jovens. Além disso, pretende buscar a implementação de um presídio federal, além do aumento do efetivo policial e a melhoria da infraestrutura nas rodovias da região. Segundo o candidato, para isso acontecer, é necessário mais recursos para o município e que isso começa em Brasília.

Kennedy Nunes

Kennedy afirma que o compromisso da candidatura é trazer recursos para a região e o combate aos abusos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Luiz Barboza

Luiz diz que o partido Novo está mostrando o que pode fazer por Joinville, com a candidatura do prefeito Adriano Silva. Afirma que quer facilitar a vida do empreendedor e buscar construir uma geração futura melhor.

Ivandro de Souza

Ivandro diz que pautas como a manutenção da Serra Dona Francisca, simplificação tributária, ensino técnico e questões sobre a renda dos joinvilenses serão debatidas.

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