Caso Gabriella: júri popular condena Leonardo Martins a 12 anos de prisão
Jurados entenderam que o réu é culpado de homicídio doloso, porém afastaram acusação de feminicídio
Jurados entenderam que o réu é culpado de homicídio doloso, porém afastaram acusação de feminicídio
Foram quase 11 horas de julgamento até a sentença final que condenou Leonardo Natan Chaves Martins, 22 anos, a 12 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira Gabriella Custódio Silva, 20. O júri, que ocorreu nesta terça-feira, 27, considerou o réu culpado por homicídio qualificado.
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De pé, chorando e rodeado de seus advogados, Leonardo ouviu sua sentença, lida pelo pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski, titular da Vara do Tribunal do Júri da comarca de Joinville.
O réu havia sido indiciado pelo crime de feminicídio e também respondia por fraude processual. No entanto, o conselho da sentença, composto por sete jurados, não acatou a qualificadora de feminicídio e na acusação de fraude teve a pena incorporada.
“O júri entendeu que o senhor tem a responsabilidade pela morte”, disse o juiz.
Os 14 meses que Leonardo esteve preso serão abatidos na pena de 12 anos.
No final da tarde de 23 de julho de 2019, Gabriella Custódio Silva, 20 anos, foi atingida com um tiro no lado direito do peito, transportada no porta-malas de um Chevrolet Captiva e deixada na recepção do Hospital Bethesda, já sem sinais vitais, por Leonardo Martins, então namorado da vítima.
Dois dias após a morte de Gabriella, Leonardo, que era considerado foragido, se entregou à Polícia Civil. Em depoimento, disse que a arma havia sido comprada no dia anterior pelo pai, Leosmar Martins. Ele contou que buscou a pistola para mostrar à namorada, que estava na cozinha, quando aconteceu o disparo acidental. Após o depoimento, Leonardo foi liberado.
No dia 9 de agosto, 17 dias após a morte da jovem, Leonardo foi indiciado por feminicídio e teve a prisão preventiva decretada. A arma do crime e o celular de Gabriella não foram encontrados. De acordo com a defesa de Leonardo, ficou provado que os objetos estavam na posse de Leosmar, que teria se desfeito dos pertences no Canal do Linguado.