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Caso judicial entre Ceará e Chrystian Barletta deixa JEC sem direitos econômicos de atleta e R$ 400 mil

Tricolor tem porcentagem de dívida do Ceará com o São Bernardo-SP

A diretoria do Joinville Esporte Clube (JEC) alega que ainda tem R$ 400 mil para receber da venda do atacante Chrystian Barletta pelo São Bernardo-SP junto ao Ceará-CE. Além disso, o clube perdeu os 10% dos direitos econômicos que tinha em acordo com o clube paulista por conta de um imbróglio jurídico que envolveu o atleta e o clube cearense.

No ano passado, o tricolor recebeu R$ 220 mil de R$ 600 mil por conta de ter direito a 10% da negociação entre São Bernardo e Ceará. Inicialmente, era com o Corinthians-SP, que comprou 50% dos direitos econômicos de Barletta por R$ 6 milhões.

O clube do Parque São Jorge não pagou as parcelas da compra e negociou o jogador com o time cearense, que comprou os mesmos 50% por R$ 6,6 milhões até julho de 2028.

“O Ceará tem que pagar o São Bernardo. Do que o São Bernardo receber, o JEC tem o seu percentual”, explica o advogado do JEC, Roberto Pugliese.

Porém, até o momento, o clube alega não ter recebido o restante do valor. Isto acontece, principalmente, por conta de um processo na Justiça que Barletta entrou contra o Ceará por atrasos de salário, direito de imagem, FGTS e luvas.

No acordo judicial, o clube foi condenado a pagar R$ 2,2 milhões. Durante o processo, o Ceará queria que o jogador assumisse a dívida com o São Bernardo, que seria entorno de R$ 4,4 milhões. Porém, a Justiça não incluiu esta parte no processo e o Ceará ainda deve ao clube paulista.

A reportagem do jornal O Município Joinville entrou em contato com o setor jurídico do São Bernardo, que informou que não irá se manifestar sobre o caso. A reportagem apurou que o setor jurídico do JEC já discute a possibilidade de judicialização do caso.

Perda dos direitos econômicos

Por conta da rescisão e acordo judicial entre Chrystian Barletta e Ceará, o São Bernardo perdeu o percentual de 50% dos direitos econômicos que tinha do atleta e, consequentemente, o JEC, que tinha acordo com o clube paulista.

“Se o Sport (clube atual de Barletta) quiser vender o atleta, ele não precisa pagar nem o São Bernardo e nem o JEC, porque ele não ter acordo com nenhum dos clubes. Da negociação com o São Bernardo, o JEC tinha 10% de um futuro negócio que o São Bernardo fosse fazer, que foi o que aconteceu. Porém, o negócio foi ruim para ele (o clube), pois não recebeu também. O clube não enrolou o JEC”, exemplifica Pugliese.

“Quem perdeu mais ainda nisso tudo foi o Ceará, que ficou devendo para o atleta e para o São Bernardo”, finaliza.

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