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Com filas para abastecer, motoristas de Joinville opinam sobre paralisação de caminhoneiros

Condutores chegaram a esperar mais de uma hora para entrar nos estabelecimentos

Com filas para abastecer, motoristas de Joinville opinam sobre paralisação de caminhoneiros

Condutores chegaram a esperar mais de uma hora para entrar nos estabelecimentos

Lucas Koehler

Iniciada na última terça-feira, 7, a paralisação de caminhoneiros causou longas filas em postos de combustíveis de Joinville na noite desta quarta-feira, 8. Na região central da cidade, alguns motoristas aguardaram por mais de uma hora para conseguir recarregar o tanque do veículo.

Edson Rech, gerente comercial classificou a espera na fila como “ruim”. Ele chegou na fila às 17h30 e ficou cerca de uma hora e meia para conseguir abastecer o carro. “Quem está pagando a conta é o povo brasileiro. Agora, o que resta, é ter paciência”, lamenta

Mesmo trabalhando em uma rua ao lado do posto, a psicóloga Silvana Lopes ficou cerca de uma hora para colocar gasolina do automóvel. “Demorei mais aqui do que até chegar em casa”, compartilha.

Fila em posto do Centro de Joinville | Lucas Koehler/O Município Joinville

Por conta da paralisação dos caminhoneiros, a população teme ficar sem combustível e, por isso, tem procurado completar o tanque ou, ainda, levam garrafas para garantir a gasolina.

Com a alta procura e a falta de reabastecimentos no estoque, já que a distribuidora de combustíveis em Guaramirim teve a atividade bloqueada, os postos estão sem reposição e já chegam no final dos estoques, que seriam repostos nesta quarta.

Confira outras opiniões sobre a paralisação:

“É inconstitucional, não vejo como algo necessário. Gera um transtorno para todos. Pode se manifestar pelo o que não estão gostando, mas atrapalhar a vida de todos não é correto. E, por fim, não vai adiantar de nada”, Evelyn Marques, gerente.

“O Brasil precisa mudar muitas coisas. Os ministros estão interferindo muito. É um direito do povo se manifestar. Não sei se sou a favor, mas é uma maneira de mostrar que não está bom”, Márcia Silva, enfermeira.

“Eu apoio. Alguma coisa precisa ser feita. Sou ‘bolsonarista’, o STF virou um partido político. Mais gente deveria parar”, Adail Fernandes, técnico em elétrica.

“Acho uma grande palhaçada. Nosso país já está um caos. E se todos pararem? Como fica o país que já está um caos? Por que não se manifestam contra o preço da gasolina, energia elétrica e dos alimentos? É um absurdo o que estão fazendo”, Maria Regina Mendes, administradora.

“Eu concordo com a greve. É um direito de se expressar. Algumas coisas precisam ser pressionadas. A paralisação é um meio que funciona”, Anderson de Souza, consultor de empresas.

Greve contra o STF

Os grevistas decidiram realizar bloqueios em rodovias, como no KM 25 da BR-101, em Joinville, para apoiar o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e exigindo que todos os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) renunciem do cargo.

Leia também:

– Empresários do transporte divulgam nota de repúdio aos bloqueios de rodovias em SC
– Distribuidora de combustíveis é bloqueada por caminhoneiros em Guaramirim
– Postos registram filas e falta de combustíveis em Joinville; veja como está a situação

Durante a paralisação em Joinville, manifestantes portam faixas e cartazes de ataques ao STF, como frases exigindo a “destituição” da mais alta instância do judiciário do Brasil, o que acordo com a Lei 7.170, de 1983, é inconstitucional.

Justiça proíbe paralisação em trechos de SC

Duas liminares da Justiça Federal de Santa Catarina proíbem caminhoneiros de fecharem dois trechos de rodovias no estado. As decisões partem da 1ª Vara Federal de Jaraguá do Sul, no Norte do estado, e de Tubarão, no Sul.

As decisões foram publicada no início da noite desta quarta-feira, 8, mas não valem para todas as rodovias do estado.

Paralisação dos caminhoneiros na BR-101, em Joinville | Lucas Koehler/Jornal O Município Joinville

As proibições são referentes, até o momento, para trechos da BR-116 e BR-101.

Em caso de descumprimento, haverá multa diária de R$ 50 mil e sanções por crime de desobediência e/ou resistência.


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