Confiança do comércio tem melhor resultado desde o início da pandemia
Com a segunda alta seguida, Icec apresenta crescimento em todos os subíndices principais, apontando expectativas positivas dos empresários
Com a segunda alta seguida, Icec apresenta crescimento em todos os subíndices principais, apontando expectativas positivas dos empresários
O ano de 2022 começou com otimismo entre os comerciantes. Apresentando a segunda alta consecutiva, de 1,4%, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou o patamar de 121,1 pontos em janeiro, o maior desde março de 2020 (128,4 pontos) e melhor do que o observado no mesmo mês do ano passado (105,8 pontos). Na comparação anual, o crescimento foi de 14,5%.
Todos os subíndices principais avaliados pela pesquisa também apresentaram alta, com destaque para Intenções de Investimento, que obteve variação mensal positiva de 1,8%, alcançando 110,6 pontos, o maior nível desde janeiro de 2014 (114,6 pontos). Na comparação com o mesmo mês em 2021, o indicador contou com aumento de 16,5%. Já a maior pontuação ficou por conta do item Expectativas do Empresário do Comércio, que, com avanço de 1,5% em relação a dezembro do ano anterior, chegou a 152,7 pontos, registrando também uma alta de 7,5% em relação a janeiro do ano passado.
O indicador Condições Atuais do Empresário do Comércio retornou à zona de satisfação ao alcançar 100,1 pontos, o maior nível desde abril de 2020 (105,1 pontos), e apresentou o primeiro crescimento mensal, de 0,6%, após quatro quedas consecutivas. Além disso, registrou o maior aumento na comparação anual entre os subíndices principais: 24,4%.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os resultados da pesquisa refletem o avanço da vacinação e a consequente relativa volta à normalidade. “Mesmo com a propagação da variante Ômicron, a vacina tem garantido um impacto menor da covid-19 na população, com sintomas mais leves e redução da taxa de mortalidade. Esse sentimento de segurança vem contribuindo para que os empresários já enxerguem uma pequena melhora nas condições econômicas, no curto prazo”, avalia.
A pesquisa mostrou ainda que os empresários estão mais otimistas quanto à geração de empregos. Entre os itens que analisam as intenções de investimento dos comerciantes, a maior satisfação foi em relação à Contratação de Funcionários (137,2 pontos), indicador com também maior crescimento mensal dentre os dessa categoria (+5,0%). A maior parte dos empresários (68,9%) demonstrou intenção de aumentar sua contratação, sinalizando que a recuperação do mercado de trabalho deve continuar.
“É importante observar em qual categoria a empresa está inserida, pois cada uma é impactada de forma diferente pelos movimentos econômicos. Mas é possível observar que a maior parte dos empresários está mais confiante com relação à economia e especificamente sobre os desdobramentos em seu próprio negócio”, aponta a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva.
A percepção de melhora na economia aparece tanto nas condições atuais do País quanto nas expectativas. Com relação ao momento atual, o maior incremento desse subitem foi na percepção da economia, com crescimento de 2,3%, após quatro meses de queda. Para 54,7% das empresas, a expectativa é que a economia melhore ligeiramente no futuro.
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