Conheça grupos que participaram de mais de 20 edições do Festival de Dança de Joinville

Evento está na sua 38ª edição e existem escolas que participam há mais de 20 anos

Conheça grupos que participaram de mais de 20 edições do Festival de Dança de Joinville

Evento está na sua 38ª edição e existem escolas que participam há mais de 20 anos

Fernanda Silva

Com quase quatro décadas de história, o Festival de Dança de Joinville já foi palco para milhares de bailarinos. Ao mesmo tempo que recebe novos dançarinos a cada ano, há equipes que colecionam mais de 20 edições de evento.

Os anos de participação no maior festival de dança do mundo trazem os frutos da experiência e reconhecimento. No caso da companha paulistana Sheilas Ballet, são 21 edições do evento, o que proporcionou o convite para a participação da Noite de Gala, em 2012, e o título de melhor grupo, em 2017. Além de algumas indicações para melhor bailarino.

Nilson Bastian/Festival de Dança/Arquivo

Além dos títulos, a experiência pessoal é um dos principais motivos para a participação no festival, declara Sheila Santos, coreógrafa e diretora. “Existe um crescimento pessoal dos nossos bailarinos que não há como descrever. Eles têm contato com pessoas de vários lugares e aprendem muito não só sobre a dança, mas também sobre amadurecimento pessoal”, cita.

Com os anos, também veio o reconhecimento da equipe. A companhia já levou dez primeiros lugares nas noites competitivas e o mesmo resultado no Meia Ponta. “Na nossa participação em 2019 conquistamos o primeiro lugar em duas categorias de conjunto no Meia Ponta: danças populares internacionais e sapateado. Nas noites competitivas, tivemos primeiro lugar em danças populares conjunto”, lembra Sheila.

Atualmente, a companhia trabalha com os estilos ballet clássico, jazz, contemporâneo, danças urbanas, danças populares e sapateado, sendo estas últimas duas que trouxeram os principais títulos da escola.

Equipe do Sheilas Ballet dançando sapateado, em 2013 | Diego Redel/Festival de Dança/Arquivo

Crescimento

O MOA – Movimento Artístico Patrícia Dalchau –, de Joinville, foi crescendo junto com suas participações no festival. Inaugurada em 2014, os bailarinos da companhia subiram ao palco do Centreventos Cau Hansen pela primeira vez após um ano de escola e dançavam apenas o estilo contemporâneo.

Com seis anos de participações, o MOA cresceu não só em experiência, mas em tamanho. Atualmente, trabalha com jazz, danças populares, ballet, ginástica rítmica e sapateado. “Hoje a gente trabalha de tudo, mas foi um crescimento que aconteceu gradativamente”, conta a coreógrafa e diretora Patrícia Dalchau.

Apresentação do MOA em dança contemporânea, no festival de 2016 | Foto: Diego Redel/Festival de Dança/Arquivo

Participar do festival é um momento especial. A dançarina incentiva que os alunos sintam a experiência do evento para além da competição, mas todo o processo que os levaram a chegar até o palco. “Só aprovação já é um ganho muito grande. O resultado é uma consequência”, lembra a coreógrafa.

O crescimento da companhia de dança não foi registrado apenas no número de estilos oferecidos na escola. A consequência do trabalho chegou em forma de classificação entre os três primeiros lugares. A coreógrafa destaca que em todas as participações, desde 2015, chegaram a conquistar um lugar no pódio com, no mínimo, uma categoria.

“O festival de dança enriquece a gente como bailarino, professor, como escola, pela troca de experiência e visualização que a escola tem perante outras pessoas da área”, afirma.

MOA dançando no Palco Aberto | Foto: Divulgação

Conquista de títulos ao longo dos anos

Foi em 1998 que a coreógrafa e diretora Liliana Vieira subiu pela primeira vez ao palco do festival. Na época, apresentava-se na categoria de danças urbanas e desde então participa do evento, tendo subido ao lugar mais alto do pódio mais de dez vezes ao longo dos anos.

Ao traçar novos passos e conquistar experiências, a companhia de Liliana, de Joinville, passou a ensinar e coreografar um grupo de crianças, no Meia Ponta do festival, a partir de 2000. Foi então que adotou as danças populares como carro chefe das suas apresentações.

Equipe da escola Liliana Vieira em apresentação de Danças Populares, em 2019 | Foto: Maykon Lammerhirt/Festival de Dança/Arquivo

“Durante todos esses anos sempre estive no pódio, mas nem sempre participando nas três categorias [Meia Ponta, Júnior e Sênior]. Esse ano é especial, estamos concorrendo com as três”, conta animada.

No Meia Ponta a equipe foi quatro vezes campeã. No adulto “Júnior”, foram sete. Na 38º edição do festival, Liliana afirma que o grupo segue em defesa da classificação entre os três primeiros lugares.

“Defendendo o título de primeiro lugar que tivemos no último festival, antes da pandemia”, afirma. Em 2021, as equipes da Liliana Vieira Companhia de Dança irão apresentar coreografias inspiradas em danças populares internacionais e nacionais.

Apresentação com Danças Populares Internacionais, em 2019 | Foto: Nilson Bastian/Festival de Dança/Arquivo

Pandemia

“Depois de um ano sem o festival, coisa que jamais poderíamos imaginar, é muito bom ver que Joinville mais uma vez respira dança”, comenta Sheila. A pandemia da Covid-19 trouxe inúmeros desafios aos bailarinos.

Novos costumes foram incorporados desde a chegada do vírus, como a utilização de máscara e o distanciamento social. O afastamento entre as pessoas é o que tem mais gerado dificuldade para a execução das danças.

Liliana conta que, agora, a realidade pede que as crianças sejam instigadas e motivadas para que percam o medo de estarem perto. “Resgatar essa emoção, paixão e envolvimento que a dança proporciona, acho que esse é o maior desafio”, afirma.

Os treinos também foram afetados. Patrícia lembra que as aulas necessitavam de revezamento, turmas dividias e a tristeza dos bailarinos não poderem estar todos juntos.

O retorno do festival, porém, traz novos ares para coreógrafos, dançarinos e até mesmo o público. “Começar a voltar a realidade, a se apresentar no palco para um grande público, para pessoas, o frio na barriga, essas são as maiores expectativas”, comenta Patrícia.


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