VÍDEO – Conheça joinvilense de 5 anos que aprendeu a costurar com a mãe e o irmão
Victoria sonha em ser empresária no ramo da costura
Victoria sonha em ser empresária no ramo da costura
A pequena Victoria, de 5 anos, já sabe o que fazer quando crescer. “Costureira”, como diz ela. Embora o sonho de ser empresária no ramo da costura precise esperar mais alguns anos, ela já está aprendendo a costurar com a mãe, na casa da família, no bairro Costa e Silva, em Joinville.
Além da caçula, Victor, de 9 anos, também aprendeu a costurar com a mãe. Durante a pandemia, o menino confeccionou máscaras para doar aos colegas de classe. A família dele perdeu um parente e ele não queria que mais ninguém passasse por isso.
Victoria nasceu assistindo à mãe e o irmão usarem as máquinas de costura e também quis participar. Em um vídeo gravado pela mãe há três anos, aparece Victoria sentada em frente a uma das máquinas insistindo que quer “trabalhar”.
“Eu estava recolhendo as coisas para ir dormir, já tinha passado das dez horas da noite, e ela viu que o Victor estava mexendo na máquina”, relembra Adriana, a mãe dos pequenos costureiros. Logo Victoria, com apenas 2 anos, sentou em uma das cadeiras e pediu para participar.
Adriana e as quatro irmãs são costureiras, assim como a mãe. Quando era pequena, Adriana lembra que costumava pedir para usar as máquinas e confeccionar roupinhas com os tecidos que tinha em casa.
“A gente queria fazer roupa de boneca, ia lá no meio daqueles tecidos grandes e cortava lá no meio”, conta. A mãe de Adriana nunca brigou com as filhas, apenas orientava a maneira correta e as incentivava.
Atualmente, o mesmo acontece com Victor e Victoria, que passam as tardes na facção da mãe, no andar de cima da casa de dois pisos. “Eles estão lembrando a história de quando a gente era criança”, diz Adriana.
Antes de ter filhos, Adriana precisou fechar a facção que tinha e trabalhar fora, já que a empresa que dava serviço a ela faliu. Mas quando engravidou de Victor, decidiu voltar para a costura.
Ela lembra que não ficou afastada todos os dias da licença maternidade, logo voltou a trabalhar, com o bebê ao lado, observando cada passo. “O Victor sempre foi curioso na máquina, quando o mecânico vem, ele se interessa, quer saber o que está acontecendo”, conta a mãe. Aos 4 anos ele começou a costurar e hoje sabe usar a máquina de bordado melhor que Adriana.
O caminho de Victoria foi parecido. Ela via a mãe e o irmão entretidos na facção e queria fazer parte daquilo. Antes mesmo de alcançar o pedal, já sentava na cadeira e reivindicava trabalho.
“Quando eu talho coisas para outras empresas, sobram uns pedaços, ela já cata, coloca em uma sacola e quando ela quer costurar ela pega”, explica a mãe. Por ser muito pequena, Victoria continua desenvolvendo as habilidades de costura, mas já fez saias para as bonecas, uma luva para a mãe não se queimar no fogão, um sapato de pano, estojos e bolsas para as bonecas.
“Eu amo costurar”, ela afirma convicta mostrando as peças confeccionadas. A amiga Valentina, da mesma idade, deseja aprender o ofício com a amiga. Elas passam as tardes juntas brincando no canto da facção, onde Adriana consegue observá-las enquanto trabalha.
Sempre inspirada no irmão, Victoria já pede para ele ensiná-la a usar a máquina de bordar. Embora saiba mexer em uma máquina, Victor confessa que não gosta muito de costurar. A fase passou, mas veio uma nova paixão, o bordado.
Victor fez um estojo com o brasão do Corinthians que foi um sucesso na escola. Os colegas gostaram tanto que encomendaram estojos com o símbolo dos times que gostam. Ele vendeu cada peça a R$ 20.
Durante a entrevista, Victoria costurou um estojo e Victor bordou uma fronha para travesseiros com o nome da repórter do jornal O Município Joinville. Ao fim do encontro, ela foi presenteada com as criações.
Palácio Episcopal foi construído para primeiro bispo de Joinville, inspirado no estilo barroco: