Dada como morta, idosa é encontrada viva dentro de saco em necrotério na Grande Florianópolis
Vítima faleceu dias depois; Ministério Público investigará o caso
Vítima faleceu dias depois; Ministério Público investigará o caso
No último sábado, 25, uma idosa foi erroneamente considerada morta pelos médicos do Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis. No entanto, ao buscar o corpo no necrotério, os profissionais da funerária notaram que ela estava viva.
O caso veio à tona após familiares da vítima, de 90 anos, relatarem a situação ao deputado estadual Sérgio Guimarães. De acordo com eles, a situação ocorreu quando a idosa deu entrada no hospital na sexta-feira, 24. A denúncia também foi registrada em um vídeo.
Conforme relatado no vídeo pelo filho da vítima, no dia seguinte à internação, o hospital entrou em contato informando sobre o falecimento de sua mãe. O atestado de óbito indicou o horário da morte às 23h40 de sábado.
Uma, que estava com a idosa, relatou que ela não respondeu quando levou o café da manhã e acabou sendo hospitalizada devido a problemas nos rins. A cuidadora afirmou que a idosa foi colocada erroneamente em um saco destinado a cadáveres, mesmo estando viva e respirando com dificuldade.
Os funcionários da funerária perceberam que a idosa estava viva, pois seu corpo estava quente e ela estava respirando. Diante disso, os médicos do hospital foram chamados e conseguiram reanimá-la. No domingo, 26, ela foi encaminhada para o quarto, mas, no dia seguinte, segunda-feira, 27, a idosa não resistiu e faleceu.
O Ministério Público de Santa Catarina iniciou uma investigação para apurar o incidente. Segundo o órgão, a primeira medida adotada foi solicitar esclarecimentos ao hospital, solicitando detalhes sobre os procedimentos realizados durante o atendimento à idosa.
Adicionalmente, foi feito um pedido à secretaria de Estado da Saúde para que informasse sobre as medidas tomadas ou em andamento para esclarecer os fatos, identificar os profissionais responsáveis pelo acompanhamento e responsabilizar eventuais envolvidos.
O Ministério Público também determinou o envio de um ofício à Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de São José, solicitando investigação sobre a possível ocorrência de crime contra a vida, e a remessa integral do procedimento às promotorias de justiça da Comarca de São José com atribuição criminal.
Um processo de sindicância para apuração do caso também foi aberto no Hospital Regional e o Comitê de Ética Médica e a Comissão de óbito foram acionados.
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