Deputados estaduais custaram R$ 8 milhões apenas neste ano na Alesc
Gastança
A recordista de gastança na Assembleia Legislativa de SC é a deputada Luciane Carminatti (PT). Seu gabinete custou R$ 368,6 mil desde o início da legislatura, em fevereiro, até junho. Os gabinetes dos 40 deputados estaduais custaram R$ 8 milhões só este ano. Ana Campagnolo (PL) aparece na sequência, com R$ 363,4 mil e, depois, Ivan Naatz (PL), R$ 335,3 mil. O gabinete mais barato é do deputado Matheus Cadorin (Novo), com R$ 66,6 mil nesta legislatura. As informações são do colunista brasiliense Cláudio Humberto.
Corrupção disfarçada
A Associação dos Municípios da Foz do Itajaí (Amfri) cancelou o edital para compra de kits de robótica destinados a escolas da rede municipal de ensino, no valor de R$ 56,5 milhões, depois que nas prefeituras de Itajaí, Ilhota e Penha suas secretarias municipais de Educação, conforme se informou aqui sexta-feira, tornaram público que desconheciam completamente a existência da licitação e que, sendo assim, não tinham como indicar a quantidades de kits a serem adquiridos. É assim que a corrupção viceja. A propósito, terá continuidade, hoje, no Tribunal de Contas do Estado, o julgamento do rumoroso caso dos respiradores.
Acerta SC 1
O Poder Judiciário de SC, Tribunal de Contas do Estado e a Prefeitura de Florianópolis lançam nesta terça-feira o programa Acerta SC, inédito no Brasil, para evitar a extinção do crédito tributário pela prescrição. São assombrosos os casos em que centenas de milhões de conhecidos e contumazes devedores de ICMS – e vários deles, debochadamente, exibindo-se em redes sociais com sinais exteriores de riqueza, através de jatinhos, iates, viagens e festas – se amparam em liminares para adiar ao máximo pagar o que devem, esperando que prescrevam. E tem conseguido. Um escândalo clamoroso e inaceitável.
Acerta SC 2
O Conselho Nacional de Justiça diz que o Judiciário de SC é o segundo mais produtivo do país, mas ao mesmo tempo registra o segundo maior índice de litigiosidade. De cada três catarinenses, um tem processo na Justiça. Assim, tramitam na Justiça catarinense o assombro número de 3 milhões de processos.
Honoris causa
Conceder o título de doutor honoris causa – como fará a Udesc, amanhã – é pouco para SC reconhecer o que fez para o Estado, durante 51 anos, o engenheiro agrônomo José Luiz Petri. Sua ativa contribuição, e de forma notável, fez de SC, em pouco mais de 40 décadas, um dos maiores centros de produção de maçã no mundo.
Escracho
Tudo indica que essa famigerada contribuição sindical obrigatória que foi extinta na Reforma Trabalhista poderá voltar como resultado de um jogo de cartas marcadas, o modo Brasília de resolver esse tipo de situação. Funcionará assim: o governo propõe desconto anual de três dias de trabalho, goela abaixo, com já fez. A iniciativa privada e o lado aproveitável do Congresso vai espernear e o Centrão, mais uma vez, decidirá por maioria esta questão, baixando de três para um dia, voltando a mesma situação anterior. O trouxa do trabalhador pagará a conta, ou seja, o enredo de sempre. Revoltante.
Agonia alvinegra
Apelou-se até ao governador Jorginho Mello para que houvesse todas as garantias de segurança no jogo de sábado, entre o Figueirense e o Manaus, em Florianópolis, que terminou empatado em 0 a 0 e assim, o clube conseguiu se manter na Série C do futebol brasileiro. Soube-se que tais garantias eram para os cartolas do clube, apoteoticamente vaiados no final do jogo pelos 7 mil torcedores. Cartolas que há quatro anos assumiram com o propósito de levar o clube para a Série A (estava então na B). O que conseguiram foi leva-lo para a C. E por pouco, na undécima hora, deixou de ir para a D.
Glória azurra
Agonia no Figueirense, festa no inimigo Avaí. Seu centenário será celebrado no Senado Federal, hoje, em sessão especial, e na Assembleia Legislativa, quinta-feira, quando homenageará figuras importantes na sua história, entre elas o impagável comentarista e jornalista Miguel Livramento, que faleceu no início de agosto. O clube da Capital foi fundado em 1º de setembro de 1923.
Fora da Carta
Exceto sábados e domingos, quando os “supremos” nos privam de suas cada vez mais assombrosas decisões – afinal, eles também têm direito ao merecido descanso -, o brasileiro que pensa, lê e ouve um pouco mais que os comuns constata uma atuação deles que não está na Constituição. E quase todo mundo, congressistas principalmente, talvez por covardia, se calam.