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Desaparecimento de menina Tainara de Araquari completa dez dias

Informações desencontradas prejudicam investigações

Desaparecimento de menina Tainara de Araquari completa dez dias

Informações desencontradas prejudicam investigações

Redação O Município Joinville

Nesta quarta-feira, 12, completa dez dias do desaparecimento da adolescente Tainara Lopes Pinheiro, 12 anos, que foi vista pela última vez na casa da mãe, por volta das 18 horas de domingo, 2, no bairro Itinga, em Araquari.

De acordo com o delegado Thiago Escudero, responsável pelo caso, a Polícia Civil já realizou buscas em todos os locais em que possivelmente estaria a menina e não há novidades a respeito do desaparecimento.

Além disso, conforme Escudero, há muitas informações desencontradas, o que prejudica as investigações. “A partir de agora, as diligências seguem em sigilo”, afirma o delegado.

Criminosos pedem falso resgate

Jean Carlos Lopes Pinheiro, 36 anos, pai da jovem, conta que no sábado, 8, com a ajuda do Grupo Operações Resgate e Salvamento com cães (GORSC), realizava buscar pela menina na região do Rio do Morro quando recebeu uma ligação.

Do outro lado da linha, o homem dizia que estava com sua filha e queria R$ 1 mil pelo resgate. Assim que fosse efetuado o pagamento, eles soltariam a menina na rua de casa. Desconfiando da ação, Pinheiro então pediu para falar com a suposta Tainara.

“Como estou nervoso com esta situação, eu quase cedi, não vou mentir. Quando pedi pra falar com a Tainara, até passaram pra alguém que imitava a voz de uma menina. Quando a questionei sobre algo que só a Tainara saberia, desligaram o telefone”, descreve o pai.

Ele  diz que assim que desligou a ligação, tirou um print do número e enviou para a Polícia Militar. Os policiais identificaram que a chamada vinha de dentro de um presídio em Alagoas, no nordeste brasileiro.

Noites sem dormir

Pinheiro tem a guarda da filha desde os três anos de idade. Na noite do sumiço de Tainara, a menina pediu para ir à casa da mãe na quinta-feira, 30, já que havia adiantado as atividades da escola. A menina costumava ir a cada quinze dias, aos fins de semana.

“Como ela pediu para ir dias antes, eu deixei, para ela curtir a mãe. Lembro que dei um beijo nela, ela desceu do carro e, depois disso, nunca mais a vi”, diz.

Desde então, a rotina do pai mudou totalmente. Ele conta que, diariamente, recebe ligações e mensagens de pessoas dizendo ter visto a filha. Em todos os casos, em um ato de esperança, tem ido atrás.

“Não durmo direito e não consigo comer, estou sempre no celular. Muita gente manda coisa, no desespero, sempre vou atrás. Mas está muito difícil, toda menina que vejo na rua com as mesmas características penso que é ela”, conta o pai.

Para Pinheiro, o aperto que sente no peito é de saudade e a esperança é de encontrar a filha ainda com vida.

“Meu sentimento é de querer abraçar, querer beijar. Eu acredito que ainda poderei fazer isso. Meu sentimento não é de que algo ruim tenha acontecido”, afirma, confiante.


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