Em Joinville há 17 anos, sergipano “adota” praça Nereu Ramos; conheça história
Com 60 anos, José Luiz chegou na cidade após divórcio e frequenta um dos símbolos da cidade diariamente
Com 60 anos, José Luiz chegou na cidade após divórcio e frequenta um dos símbolos da cidade diariamente
Localizada no Centro de Joinville, a praça Nereu Ramos é um dos símbolos da cidade e motivo de orgulho para muitos joinvilenses. Porém, também tem grande importância para pessoas que não são naturais da cidade, como é a caso de José Luiz, de 60 anos, que “adotou” o local.
Nascido no estado do Sergipe, ele chegou no município após se divorciar e decidir procurar um “bom” lugar para morar. “Na rodoviária me falaram que o melhor era Santa Catarina e daí vim para Joinville”, explica.
No município desde 2005, começou a trabalhar em uma empresa e logo se enturmou com os outros moradores. A partir disso, a presença de José na praça Nereu Ramos virou rotina para jogar cartas, como a canastra e cacheta, e a parceria segue até hoje.
Porém, o jogo não é o que mais importa para o sergipano, e sim as amizades feitas no local. “Aqui (praça) um ajuda o outro, independente do que for. Digo que é uma associação de amigos.”
Por gostar tanto da Praça Nereu Ramos, José Luiz tomou uma grande decisão em 2020: colocar a empresa que abriu lá em 2005 na disputa para assumir a administração do local. De acordo com ele, a escolha foi por a praça ser sua “segunda casa” e, por conta disso, querer um espaço melhor para todos. “Antes não se via pessoas tomando sorvete ou idosos, porque ela era mais frequentada por pessoas que queriam só bagunça”, relembra.
Após uma “grande correria”, como ele mesmo descreve, conquistou a concessão e, desde então, cuida do local. “Não foi algo fácil. Correria com documentação, contador, mas deu tudo certo”, comemora.
Entretanto, nem tudo é perfeito. José conta que conseguiu melhorar muitas coisas ao redor depois que começou a cuidar da praça, como a pintura e também a estrutura, mas que ainda existem pessoas que não se importam e jogam lixo no chão, como bitucas de cigarro, copos de café e pacotes de salgadinho. “Se as pessoas não cuidam do lugar que frequentam, com certeza não cuidam nem da própria casa”, reflete.
Além disso, a chegada da pandemia da Covid-19 também foi, e ainda é, algo que atinge os frequentadores da praça. “Foi um momento muito triste. Perdemos muitos amigos.”
Próximo ao início do Festival de Dança, José conta que atualmente a dedicação é limpar a praça para receber os participantes e turistas que irão visitar o local, que conta com palco para apresentações durante o evento. “Irei limpar tudo, pois aqui é um lugar de muito orgulho para a cidade”.
Com a união entre a parte profissional e pessoal, ele conta que, mesmo não sendo nascido em Joinville, vai continuar se dedicando para deixar o lugar o mais agradável possível não somente para os colegas que jogam cartas e dominó, mas também para todos os moradores de Joinville. “Aqui é a minha cidade. O que eu puder fazer para cuidar da praça, eu vou fazer”, finaliza.
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