Em Joinville, presidente do TRE-SC defende segurança da urna eletrônica
Desembargador falou sobre o tema e campanhas para as eleições de 2022
Desembargador falou sobre o tema e campanhas para as eleições de 2022
Em reunião na Associação Empresarial de Joinville (Acij), na noite desta segunda-feira, 16, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), Fernando Carioni, defendeu a segurança da utilização das urnas eletrônicas nas eleições.
“Desde o uso das urnas jamais se constatou fraude comprovada por qualquer partido, candidatos e organizações”, afirmou. Além disso, disse que há décadas atrás, as apurações eleitorais sem o sistema eletrônico eram palco de aproveitamento ou rejeição de votos.
Porém, Carioni também cita que cabe ao poder legislativo legislar sobre o funcionamento das eleições e ao TRE-SC cabe executar o que diz a lei.
Em sua fala, o desembargador incentivou a participação dos eleitores no processo eleitoral para fomentar a cidadania, aprofundar o conhecimento no processo eleitoral e para o combate de informações falsas. Segundo Carioni, Santa Catarina é o estado com maior número de mesários voluntários do país.
Na véspera da votação, em um evento público, são sorteadas as urnas que passarão pela auditoria. Os equipamentos são retirados seções de origem e instaladas imediatamente nos TREs, em salas com câmeras de filmagem. As urnas retiradas das seções são, então, substituídas por novas.
Em seguida, votos aleatórios são marcados em cédulas de papel são preenchidas por representantes dos partidos políticos e das coligações. Os papéis são guardados em urnas de lona lacradas. O processo é acompanhados por testemunhas, além dos partidos, pela Ordem dos Advogados do Brasil e Ministério Público.
No dia seguinte, momento em que ocorre as eleições, é de fato realizada a auditoria. Ela inicia com a a impressão da zerésima, que comprova que nenhum voto foi emitido. Na sequência, todos os votos das cédulas preenchidas no dia anterior são digitados, um por um, na urna eletrônica e também num sistema paralelo, em um computador. As câmeras filmam os números digitados no teclado da urna.
Ao final da votação, a urna imprime um Boletim de Urna (BU), e o sistema auxiliar também emite um boletim. Os dados dos dois são comparados pela comissão de auditoria, e é verificado se a urna funcionou normalmente, bem como se foram registrados exatamente os votos das cédulas digitados na urna.
De acordo com o TRE, todo o processo é monitorado e seguido pelos representantes indicados, e pode ser acompanhado também por qualquer interessado. Muitos TREs inclusive transmitem a auditoria ao vivo, pelo YouTube.
Uma preocupação do TRE-SC, afirmou Carioni, era a participação da juventude nas eleições. No Brasil, adolescentes entre 16 e 18 anos podem votar, porém, não há obrigatoriedade. Por isso, o desembargador conta que, em breve, será lançada uma campanha “Meu primeiro titulo, bora votar?” para incentivar que este público faça o título e participe das eleições em 2022 com mais peso.
O desembargador, inclusive, aproveitou a conversa com os empresários para pedir que os mesmos façam a campanha circular nas empresas e incentivem os jovens contratados a participar do processo democrático.
Durante o debate, os associados da Acij comentaram sobre a preocupação com a participação dos jovens e se colocaram à disposição de apoiar a campanha.
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