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EXCLUSIVO: Confira os casos de coronavírus por bairro de Joinville

Iririú lidera número de pacientes ativos da doença, enquanto Costa e Silva tem mais recuperados e mortes

Levantamento do jornal O Município Joinville com base nas informações sobre o coronavírus do Portal de Dados Abertos do Estado de Santa Catarina, mostra que o bairro Iririú tem mais casos ativos da doença no município, 32. E tem também o maior número de confirmações, 72. Já o Costa e Silva, é o segundo em casos confirmados (70) e o de maior número de mortes (5), porém tem apenas 17 pacientes ativos por liderar o número de recuperados, são 48 no bairro.

Isso faz com que o Costa e Silva tenha menos casos ativos do que bairros com número menor de confirmados, como Aventureiro e Jardim Iririú, com 27 pacientes ativos cada.

Os números foram publicados às 16 horas desta quarta-feira, 24, e por isso, tem algumas diferenças para o boletim divulgado às 19 horas do mesmo dia pela Prefeitura de Joinville. O número de morte é o mesmo, 33, porém o estado tinha 1.161 confirmações contra 1.179 do município.

A diferença principal, porém, está no número de pacientes recuperados: 500 conforme a prefeitura e 697 pelo governo. O secretário municipal de Saúde, Jean Rodrigues da Silva explica que isso se dá pela diferença de metodologia.

“Eles consideram a partir do 14º dia como recuperado. Nós não, só damos baixa quando ligamos para a pessoa e temos a informações de que ela não tem nenhum sintoma, nenhum registro de internação. Deles (governo do estado) é automático”, afirma.

(continua depois do infográfico)

Os números por bairro não são divulgados pela Prefeitura de Joinville, que os utiliza apenas internamente. A justificativa do secretário é de que, no momento, esse dado não é relevante, e, se evita assim casos de discriminação. Silva afirma que já aconteceu de uma família recuperada ser perseguida por vizinhos.

Sem foco de concentração

A amostragem por bairros mostra que a doença está bem disseminada em Joinville, com casos em todos os bairros, mesmo os de zona rural, como o Rio Bonito. Ao mesmo tempo, não há uma região da cidade em que o vírus esteja mais concentrado, ao contrário da dengue, mais presente na zona leste – só o Comasa tem mais de 1,1 mil casos, por exemplo.

A prefeitura também monitora os números por bairros e conta com uma nova ferramenta para que, caso alguma região comece a concentrar casos ativos da doença, o município tenha condições de aplicar medidas específicas.

“Através dessa ferramenta poderemos agir pontualmente. Não preciso atuar na cidade inteira. Conseguiremos trabalhar por bairro, mas hoje ainda não há uma disseminação alta para isso”, diz o secretário.

Uma das observações positivas feitas por Silva é de que a periferia de Joinville ainda apresenta poucos casos da doença. São regiões que preocupam por terem densidade demográfica alta, portanto, chance do vírus se espalhar mais rapidamente, colocando em risco a capacidade de resposta do sistema de saúde.


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