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Foragido por trabalho análogo à escravidão em Joinville, homem é preso por crimes no Sergipe

Homem de 61 anos teria dado golpes em mais de dez pessoas e cinco empresas de Aracaju

Foragido por trabalho análogo à escravidão em Joinville, homem é preso por crimes no Sergipe

Homem de 61 anos teria dado golpes em mais de dez pessoas e cinco empresas de Aracaju

Bernardo Gonçalves | Revisão

Um homem, de 61 anos, foi preso nesta quinta-feira, 22, na cidade de Aracaju, no Sergipe. Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto em Joinville pela prática de redução à condição análoga à de escravo – crime relacionado ao ato de submeter alguém a condições degradantes de trabalho.

Segundo a polícia, além de estar foragido em Santa Catarina, o preso praticou diversos golpes em Aracaju e vitimou mais de dez pessoas, três hotéis, uma loja de informática e um escritório de coworking.

A prisão foi realizada por Policiais civis da Delegacia Especial de Turismo (Detur), com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol). A ação policial ocorreu no bairro Novo Paraíso, na Zona Norte de Aracaju.

De acordo com a Detur, o investigado teria se passado por representante de uma construtora de São Paulo.

Crimes no Sergipe

No Sergipe, as investigações começaram quando um grupo de vítimas procurou a Detur e registrou um boletim de ocorrência, alegando que foram contratadas pelo investigado, para trabalhar em uma construtora, aberta recentemente por ele, mas não receberam seus salários.

As vítimas teriam desconfiado que os documentos apresentados pelo investigado poderiam ser falsos e que, provavelmente, a construtora não existia. Diante da situação, as vítimas acionaram a Detur, que contactou a Dipol. A Divisão de Inteligência identificou a localização do investigado e confirmou a fraude documental.

O investigado foi encontrado na residência da namorada, no bairro Novo Paraíso, e foi conduzido à Detur, onde foi descoberto que ele estava usando o nome e os documentos de uma pessoa do Estado de São Paulo. Ainda na delegacia, a equipe policial identificou que o investigado é oriundo do Estado de Santa Catarina, onde já foi preso por estelionato, e conseguiu obter os documentos falsos no Estado do Paraná.

Além dos crimes que cometeu em Santa Catarina e no Paraná, o investigado também já foi preso por estelionato em São Paulo, onde possui dezenas de boletins de ocorrência, inquéritos policiais e processos judiciais registrados contra ele.

A polícia diz ainda que, em Aracaju, o investigado utilizou o nome e os dados de uma famosa construtora de São Paulo para alugar um galpão e um escritório de coworking, porém, ele não pagou os alugueis. O Investigado também teria utilizado os dados para adquirir oito computadores, três celulares e uma central telefônica, em uma loja de informática, itens que também não teriam sido pagos.

“Da mesma forma, o investigado enganou várias pessoas e simulou contratá-las para trabalhar na construtora, exercendo funções variadas, a exemplo de atendente, secretária, motorista, serviços gerais e vigilante, mas nunca houve qualquer pagamento de salário”, complementa.

Desde o dia em que chegou a Aracaju, o investigado teria se hospedado em pelo menos três hotéis, localizados próximos à Orla de Atalaia. Nos estabelecimentos de hospedagem, ele utilizou documentos falsos para não pagar as diárias. Antes do vencimento das últimas diárias, ainda conforme a polícia, ele não retornou aos locais e chegou a abandonar malas de roupas vazias dentro dos quartos.

As investigações continuam em andamento, na Detur, para identificar todas as vítimas e contabilizar os prejuízos causados pelo investigado.

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