Gás de cozinha em Santa Catarina se aproxima dos R$ 100 após décimo reajuste em seis meses
Presidente do sindicato dos revendedores acredita que aumentos vão continuar caso a política de preços do governo federal se mantenha
Presidente do sindicato dos revendedores acredita que aumentos vão continuar caso a política de preços do governo federal se mantenha
Com o décimo reajuste em menos de seis meses, o gás de cozinha em Santa Catarina já se aproxima dos R$ 100. A Petrobras anunciou o último aumento na quinta-feira, 7. Com este novo reajuste, o valor dos botijões 13 quilos, que custava em média R$ 33,89, chegará a R$ 35,98 nas distribuidoras.
A explicação da Petrobras para os seguidos aumentos é a tendência do mercado internacional. Em algumas cidades de Santa Catarina, o botijão já está sendo vendido por R$ 95.
Em entrevista à rádio “CBN Diário”, o presidente executivo do Sindicato dos Revendedores de Gás de Santa Catarina (Sinregas-SC), Jorge Magalhães de Oliveira, disse que acredita que os reajustes devem continuar se a política atual dos preços se manter.
“É uma situação muito desconfortável. A gente não tem a mínima vontade de aumentar o preço do gás, mas, devido à um política do governo federal muito nociva ao setor, no momento difícil que passamos por causa da pandemia, acabamos repassando. É danoso para os revendedores e consumidores”, explica.
Oliveira diz que as revendedoras não conseguem manter os preços por causa da quantidade de reajustes seguidos.
Ele explica que a mudança da política de preços aconteceu em meados de 2019, e que, antes, os preços não eram baseados no mercado internacional. Além disso, o gás de cozinha tinha subsídios e era mais barato que o utilizado em condomínios e empresas.
“O poder econômico do consumidor final não absorveu tantos aumentos neste período, assim como as revendas não conseguem repassar e ficar pagando uma conta por estar entre o consumidor e a distribuidora”, disse.