Harmonia-Lyra de Joinville terá únicas apresentações da famosa ópera Rigoletto no Brasil em 2024
Apresentações serão realizadas no local durante Festival de Ópera
Apresentações serão realizadas no local durante Festival de Ópera
A Sociedade Harmonia-Lyra de Joinville, que este ano comemora 166 anos, vai receber as únicas apresentações encenadas no formato clássico da ópera Rigoletto no Brasil em 2024. O espetáculo será realizado durante o Festival de Ópera de Joinville, que acontece de 17 de agosto a 8 de setembro.
A novidade foi revelada em evento realizado pela sociedade na noite desta terça-feira, 11, que teve como objetivo divulgar os novos projetos artísticos que ampliarão o repertório cultural de Joinville. No momento também foi apresentado dados sobre os eventos realizado no local no ano passado.
Composta por três atos, a famosa ópera “Rigoletto” possui libreto escrito por Francesco Maria Piave e é inspirada na tragédia “O rei se diverte”, de Victor Hugo. A história cativante narra a traição e a vingança que entrelaçam o destino do corcunda bobo-da-corte Rigoletto, sua adorável filha Gilda, o libertino Duque de Mântua e o temido assassino de aluguel Sparafucile.
Segundo Aila Gama, diretora de projetos da Harmonia-Lyra de Joinville, serão três apresentações da ópera.
Além disso, conta que a sociedade está no calendário oficial de comemoração de 150 anos da imigração italiana no Brasil e 200 anos da alemã.
Ainda na programação do segundo semestre da sociedade, vai ser realizado a segundo edição do Harmonia Jazz Festival na primeira quinzena de novembro e também o Natal da Harmonia, que acontece entre novembro e dezembro.
Aila destaca que a Harmonia-Lyra teve 180 projetos em 2023, sendo que mais de 80% dos foram gratuitos. O objetivo, segundo ela, é buscar uma reaproximação e valorização do setor cultural da cidade. “Para essa aproximação com os produtores culturais da região, nós optamos nesse momento em investir nos projetos. Temos muitos eventos aqui, é muito rico”, enfatiza.
A diretoria diz ainda que mais de 33 mil pessoas passaram pela sociedade em 2023.“Como a Harmonia-Lyra foi criada praticamente junto com cidade, ela é o ‘DNA’ do município, é um catalisador de pessoas que amam estarem juntas em sociedade, compartilhando uma cultura clássica.”
Aila ressalta que os eventos da Harmonia-Lyra são realizados com recursos próprios, por meio do plano de sócios e leis de incentivo à cultura.
Para Álvaro Cauduro, presidente da Sociedade Harmonia-Lyra, o local é protagonista na história cultural de Joinville e diz ser uma obrigação seguir a “missão” que os fundadores da sociedade.
“A cultura é essencial para o desenvolvimento de um povo e da sua identidade como um todo. Joinville recebe muitas pessoas de outros lugares todos os meses, tem emprego para todas, e elas precisam ter acesso à cultura, para até uma evolução de cada uma. Então encaramos como uma missão e fazemos isso com muito prazer e alegria”, exalta.
“A gente promove eventos de qualidade. E além das óperas, temos outros eventos, como o festival de jazz, por exemplo, que é uma manifestação cultural tão importante quanto e a gente quer incentivar também.”
No evento desta terça-feira, Cauduro também destacou sobre as obras que a Sociedade Harmonia-Lyra passa. A expectativa é de reformar todo o prédio da rua XV de Novembro até 2030, ano em que ele completa 100 anos.
“Sempre perguntam ‘quando é que vão arrumar a fachada?’. Provavelmente será uma das últimas partes a serem contempladas e esperamos que até o ano de 2030 esteja finalizada”, finaliza.
Por ser o prédio da Harmonia-Lyra tombado pelo estado e pelo município, todas as intervenções atendem às normas que regem o patrimônio histórico nacional. O projeto de restauro do edifício da entidade foi aprovado na Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e na Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), e conta com recursos do Simdec e do Prêmio Elisabete Anderle, além de doações particulares.
As obras de restauro começaram há aproximadamente quatro anos, pela área que hoje é ocupada pela Secretaria de Pesquisa e Planejamento Urbano (Sepur). Nesse período, ainda foram recuperados o Foyer Liselott Trinks, os telhados do salão principal e do palco, os camarotes, camarins, o setor dos apartamentos, o forro do Salão Nobre e praticamente toda a instalação elétrica do edifício.
*Com informações da Rádio EBC.
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