Influencer brusquense pede desculpa por declaração sobre meninos na patinação artística: “maioria dos itens era rosa”
Mariana Boettger acredita que o "menino precisa olhar para o lado e ver que ele está diferente da menina"
Mariana Boettger acredita que o "menino precisa olhar para o lado e ver que ele está diferente da menina"
A influenciadora digital Mariana Boettger, de Brusque, se manifestou no domingo, 27, após ser criticada por declarações feitas na última semana, onde dizia ser “um absurdo” meninos praticarem patinação.
Em uma nota de esclarecimento, ela pediu desculpas a quem se ofendeu com suas declarações em “trechos cortados”. “Sempre que achei que patinação artística fosse para meninas, peço perdão para vocês por isso, sou extremamente leiga, nunca acompanhei de perto. Peço perdão pela ignorância, a todos os meninos e homens que praticam ou praticaram esse esporte”.
Mariana, que havia declarado que os pais que permitem que meninos façam aulas de patinação têm “titica de galinha” no cérebro, acredita, porém, que as crianças usarem as mesmas cores na aula “leva para uma ideologia de gênero”.
“Quando cheguei no local da aula (com a filha), a maioria dos itens era rosa, os meninos não tinham opção de balões coloridos. Nós tentarmos igualar as crianças na primeira infância nos leva para uma ideologia de gênero. O menino precisa olhar para o lado e ver que ele está diferente da menina, que eles podem se completar: um de calça e o outro de saia. A preparação das aulas deve ser para ambos”.
No vídeo publicado em seu Instagram, a influencer ressalta que acredita que os valores da família estão invertidos.
“Não sou homofóbica, eu sigo a Bíblia. Posso não concordar com a pessoa que não segue o que a palavra de Deus diz, mas, em hipótese alguma, vou discriminar. Sou a favor do esporte, contra a homofobia e o linchamento virtual, e completamente a favor da família. Os valores da família estão sim invertidos. Creio que Deus fez o homem e a mulher para juntos constituírem família. Os pais devem apresentar a verdade de Deus aos filhos, os princípios não mudaram”.
Mariana Boettger soma mais de 300 mil seguidores que acompanham seu conteúdo sobre lifestyle e religião.
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Após a publicação do primeiro vídeo sobre o assunto, Mariana sofreu críticas nas redes sociais, inclusive da Federação Catarinense de Patinação Artística.
Patinador artístico Marcel Strürmer, considerado o mais importante patinador na história do país, disse que a postura da influenciadora é um “preconceito ultrapassado e arrogante”.
Através da sua conta no Instagram, Stürmer pediu que Mariana Boettger pare de “submeter esses meninos, que estão sendo felizes com o esporte que escolheram, ao seu olhar carregado de julgamentos”.
Empresas que são parceiras comerciais da influenciadora também se manifestaram. Na tarde desta quarta-feira, 23, a empresária Ana Carina Kammers, dona da Not Me Shoes, de Brusque, disse que “não admite nenhum tipo de preconceito”.
O posicionamento ocorreu após uma série de ataques que a empresa sofreu desde terça-feira, 22, quando Mariana Boettger apresentava uma live no perfil da NotMe Shoes. Durante a transmissão, a empresa passou a receber comentários ao vivo.
“A apresentação da live é um trabalho terceirizado. A apresentadora é uma prestadora de serviços. A gente não compactua com nenhum tipo de preconceito, nem com nenhum tipo de linchamento virtual”, disse Ana Carina.
Ainda na terça-feira, Mariana fez um trabalho em parceria com a Móveis Santo Antonio, de Itapema, que emitiu uma nota. Escreveu que o esporte é “para todos, e a empresa, bem como seus sócios e colaboradores, não compactuam com discursos de ódio, homofobia ou qualquer tipo de insinuação que possa ferir a religião, credo, raça ou orientação sexual de qualquer pessoa”.
A Federação Catarinense de Patinação Artística (FCPA) manifestou-se condenando a postura da influenciadora. Disse que é “inegável reconhecer o quão preconceituosa ela foi, aliado ao grande prejuízo que a mesma causou ao difundir inverdades e comentários preconceituosos para um numero muito grande de pessoas que a seguem”.
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