JEC recebe sondagens e tem conversa inicial com investidor americano para SAF

Clube já possui modelo de SAF definido desde 2021

JEC recebe sondagens e tem conversa inicial com investidor americano para SAF

Clube já possui modelo de SAF definido desde 2021

Bernardo Gonçalves

O Joinville Esporte Clube (JEC) segue na preparação para a estreia no Campeonato Catarinense, que acontece no dia 14 de janeiro contra o Camboriú, às 20h, fora de casa. Mas o clube também segue com movimentações que envolvem questões da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

A novidade mais recente é uma conversa do clube com um investidor americano, mas segundo o CEO do clube, Geraldo Campestrini, o diálogo ainda é muito inicial. “Já temos o projeto em inglês (para ser apresentado), só falta a parte do design”, explica.

De acordo com Campestrini, não há possibilidade de colocar em nenhum patamar o contato, por conta da superficialidade que se encontra no momento.

A data da reunião e a identidade do investidor não foram repassadas.

Sondagens

Desde o ano passado, o JEC passou a receber sondagens de pessoas interessadas em investir no clube, mas nenhum dos contatos evoluiu. Uma delas aconteceu na primeira semana de transição de diretoria, trazida por uma pessoa via o ex-presidente Charles Fischer.

De acordo com Campestrini, desde que a nova diretoria assumiu – em novembro de 2022 – ao menos quatro conversas com possíveis investidores aconteceram.

Campestrini enfatiza que a premissa básica do clube, desde a implementação da comissão responsável por debater o assunto da SAF, é não conversar com investidores ocultos, ou seja, que não querem aparecer, o que acabou acontecendo em alguns destes contatos.

“Teve gente que falou em um dia que a reunião com o investidor teria que ser no outro, se não o investidor iria desistir. Então pedimos para que fosse mandado o termo de confidencialidade (NDA), mas nenhuma das conversas chegou neste nível”, revela. “Cair em uma conversa dessa é colocar o clube em risco”, complementa.

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Um exemplo dado por ele deste formato de negócio foi do Figueirense, que teve diversos problemas.

“Figueirense tinha sócio oculto com a Elephant (empresa responsável pelo futebol) e deu no que deu, W.O em Série B e fora outras situações. Por isso, não podemos ser irresponsáveis neste sentido.”

Campestrini também explica que, no momento em que chega um investidor, diversos procedimentos devem ser seguidos.

“A pessoa terá que vir com o termo de confidencialidade, vai abrir quem são investidores e o clube terá que manter o sigilo das informações, se não pode pagar uma multa. Um investidor que é sério vai estudar a fundo o JEC e isso pode demorar de seis meses a um ano, pelo menos, visto que ele vai “mergulhar” nas finanças do clube.”, diz.

Ele também frisa que a diretoria, e também o conselho deliberativo, devem ter uma análise crítica em relação ao investidor que estiver interessado em assumir o clube.

“É necessário debater sobre a seriedade dele, se ele tem bons propósitos com o clube ou não tem, se tem lastro financeiro, para não acontecer de prometerem aportar x milhões e chega na “hora h” e não aportarem.”

Modelo

Em agosto de 2021, foi criada uma comissão de estudo e viabilidade da implantação da SAF no Joinville. O modelo, já implementada em outros clubes do país, permite a criação de uma empresa denominada sociedade anônima do futebol, com capital dividido em ações. Isto tem como objetivo atrair investidores, quitar dívidas, propiciar profissionalização e maior eficiência na gestão.

O relatório final da comissão foi apresentado no mês de novembro daquele ano aos conselheiros, que estavam à época no Conselho Deliberativo, e foi aprovado por unanimidade dos votos. Com isso, foi autorizada a continuidade do processo de implementação da SAF.

Darthanhan de Oliveira, atual presidente do JEC e ex-presidente do Conselho Deliberativo, na reunião que aprovou a continuidade da implementação da SAF no clube. Foto: Darthanhan de Oliveira/Arquivo Pessoal

O modelo proposto e aprovado foi de:

  • 10% do capital da SAF continuar na associação civil (modelo atual).
  • 51% para o investidor qualificado, responsável por assumir as responsabilidades do clube e gerir o futebol.
  • 39% de investidores da comunidade local (comunitário).
Modelo de SAF aprovado pelos Conselheiros do JEC em 2021. Foto: Brizola e Japur/Reprodução

Geraldo Campestrini diz que, pela característica do Joinville e com a diretoria conseguindo organizar um melhor modelo de governança, o formato de investimento comunitário é bem viável. “É um modelo que a gente está estudando. Manter o JEC com os jequeanos.”

Consultoria

Em março de 2022, o Joinville fechou com a empresa Win the Game, de São Paulo, para realizar uma consultoria e auxiliar o clube na busca por investidores. À época, o valor para isso ser realizado era de R$ 200 mil. Entretanto, a quantia não foi paga.

Com isso e com todos os desdobramentos do pedido de recuperação judicial, realizado pela diretoria anterior, alguns contatos com a empresa estão sendo feitos, mas a consultoria em si está em pausa no momento.

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