Justiça intima professor de Joinville acusado de apoiar ataque em creche de Blumenau

Ele tem 48 horas para se apresentar e colocar uma tornozeleira eletrônica

Justiça intima professor de Joinville acusado de apoiar ataque em creche de Blumenau

Ele tem 48 horas para se apresentar e colocar uma tornozeleira eletrônica

Bernardo Gonçalves

O professor afastado da Escola de Educação Básica Dr. Georg Keller, em Joinville, após denúncias de que ele apoia o ataque na creche em Blumenau, onde quatro crianças foram assassinadas, foi localizado e intimado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) nesta terça-feira, 11.

A Justiça estabelece que o professor necessita comparecer no prazo de 48 horas no Presídio Regional de Joinville ou contatar o setor de monitoramento para colocação de uma tornozeleira eletrônica.

De acordo com o TJ-SC, ainda não há ação penal, mas ele está obrigado a cumprir as medidas cautelares fixadas na última semana.

No caso de descumprimento de qualquer das obrigações, poderá ser substituída a medida imposta. Em último caso, a prisão preventiva do professor pode ser decretada.

Medidas

Além do afastamento, o poder judiciário obrigou que o professor mantenha distância de qualquer unidade escolar, além de proibir o contato dele com qualquer aluno ou testemunha do caso.

O uso da tornozeleira eletrônica visa manter a regularidade das atividades escolares em Joinville sem qualquer exposição de alunos ou professores.

De acordo com a Polícia Civil, o professor é acusado de prática do delito de apologia de crime ou criminoso.

A Polícia Civil também informou que a investigação seguirá sendo realizada ao longo desta próxima semana. O professor também será investigado por outras denúncias de racismo, xenofobia, homofobia e intolerância religiosa.

Entenda o caso

Alunos da Escola de Educação Básica Dr. Georg Keller, em Joinville, denunciaram um professor por apoiar o ataque na creche em Blumenau.

Um vídeo gravado na sala de aula circula nas redes sociais. É possível ouvir o professor falando que “matava uns 15,20” e diz em seguida que entraria com dois facões, “um em cada mão e ‘pá’”.

A reportagem do jornal O Município Joinville conversou com a mãe de um aluno que estuda na escola estadual. Ela conta que o filho a avisou assim que recebeu o vídeo.

Segundo a mãe, o professor tem “fama” na escola por racismo, homofobia e intolerância religiosa. Ela ainda diz que ele se intitularia como “diabo da escola”.

Questionada se a escola teria passado algum comunicado, a mãe compartilhou algumas mensagens enviadas. “Já o identificamos. Entendemos sua indignação e estamos solidários. Esse tipo de comportamento deve ser combatido. Estamos tratando disso junto ao órgão competente”, diz uma delas.

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