Krelling fala em reforma administrativa, criação de parques de Saúde e faz críticas a Udo

Sétimo candidato da sabatina com os concorrentes a prefeito foi entrevistado pelo jornal O Município Joinville nesta segunda-feira, 19

Krelling fala em reforma administrativa, criação de parques de Saúde e faz críticas a Udo

Sétimo candidato da sabatina com os concorrentes a prefeito foi entrevistado pelo jornal O Município Joinville nesta segunda-feira, 19

Naturalidade: Joinville
Profissão: Deputado estadual
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Número na urna: 15

Confira o perfil completo de Fernando Krelling

Fernando Krelling é o sétimo entrevistado da série de sabatinas ao vivo do jornal O Município Joinville que conversará, até 6 de novembro, com todos os 15 candidatos a prefeito da cidade.

Formado em Educação física, Krelling foi o vereador mais votado da história de Joinville em 2016, no entanto, deixou o cargo para assumir como deputado estadual em 2018. Agora, pela primeira vez, se candidata a prefeito. A candidatura, em chapa pura, conta com a vice Rosane Bonessi.

Durante a transmissão, defendeu o “corte de privilégios”, de cargos comissionados e diminuição de secretarias para reduzir os gastos da Prefeitura de Joinville.

Também respondeu questionamentos de leitores por não ter completado seus mandatos e de ser o mesmo partido que o atual prefeito Udo Dohler. Krelling não só defendeu que apesar de estarem na mesma sigla, são pessoas diferentes, como dez diversas críticas a administração durante toda a entrevista.

O candidato também afirmou que estado deve participar dos custos do Hospital Municipal São José para que recursos repassados a outras áreas possam ser utilizados na folha salarial da unidade hospitalar.

Além disso, também defendeu a criação de parques de saúde como alternativa de lazer para a população, já que as “praças estão cinzas.”

Assista a entrevista na íntegra: 

Reforma administrativa

Em seu plano de governo, Fernando Krelling fala em criar a Secretaria Municipal de Pavimentação e Zeladoria, além de reduzir de 26 para 15 as secretarias municipais. Defende ainda uma reforma administrativa como forma de enxugar os gastos públicos.

Para implementar o projeto, pretende juntar a Secretaria de Recursos Humanos com a de Administração ou ligá-la diretamente ao gabinete do prefeito. Também planeja extinguir a Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura de Joinville.

“E tantas outras que estamos definindo através de uma reforma. Vamos passar de 26 para 15 e também, automaticamente, reduzindo cargos comissionados”, afirma. Outra mudança anunciada, seria a restruturação da Secretaria de Meio Ambiente, focando nas questões ambientes e passando serviços como parques municipais para outra secretaria.

O candidato afirmou também que pretende rever o valor destinado a Câmara de Vereadores. “A Constituição diz 4,5%, Joinville repassa 3,5% para a Câmara e, realmente, isso é demais, tem que ser reduzido. Fui presidente da Câmara e sei que tem como economizar”, defende.

Questionado sobre quais privilégios poderia cortar, Krelling ainda disse que, atualmente, há cargos comissionados na prefeitura com direito a averbações de salários e triênios.

“Cargo comissionado puro, não estou falando de funcionário de carreira. Com certeza essas reduções farão a diferença lá, no cidadão que mais precisa de pavimentação. No pai que está precisando de uma vaga no CEI e não tem em função desses privilégios existentes”.

Recurso do estado ao Hospital São José

Krelling defende que o governo do estado deve participar dos custos do Hospital Municipal São José. Ele afirma que existe uma “política pública hospitalar” em Santa Catarina que limita os valores da folha de pagamento da unidade de saúde e que é necessário cobrar auxílio do estado.

“Também pedir que o governo possa ajudar nos processos de convênios de obras do município. Quando o estado participar efetivamente de obras de pavimentação, de trazer recursos, a gente pode conseguir que aquele recurso que colocaríamos ali naquelas obras fossem repassados ao São José”, afirma.

O candidato menciona que é preciso fazer “manobras de recursos” vindos de outras áreas, como a educação, por exemplo, e investir a sobra dessa receita na folha salarial do São José.

No seu planejamento, o estado ajudaria com material, equipamentos e manutenção do hospital e, através dos recursos mandados de outras áreas, a prefeitura pegaria este dinheiro e investiria nos profissionais da saúde.

“Seria o melhor do mundo se o governo do estado assumisse a folha. Posso cobrar, vou correr atrás, para que mudem essa política hospitalar catarinense”.

Parques da saúde

Fazendo críticas à gestão atual, Krelling afirma que há muitas praças na cidade, mas muitas delas, “infelizmente, são cinzas”. Questionado sobre seu plano de lazer para os bairros, o candidato emedebista diz se preocupar com “a qualidade de vida do cidadão” e cita parcerias públicos-privadas como forma de resgatar os espaços públicos de entretenimento da cidade.

“Mas não é só adoção (das praças). É tirar essa burocracia pra adotar uma praça. Hoje é uma burocracia tremenda. Até você conquistar esse direito de adotar a praça, você já desistiu”, critica.

Além de revitalizar as áreas de lazer da cidade, em seu plano de governo Krelling cita a criação de oito parques da saúde que, segundo ele, já estão projetados e abrigarão pelo menos uma unidade básica de saúde cada um, que ficará aberta diariamente até às 22 horas.

“E ligada à Unidade Básica de Saúde, teremos um grande parque da saúde, com pista de caminhada, área de lazer, área de esportes, playground para as  crianças e algumas delas até piscina para que a gente possa utiizar alguns projetos existentes no município de inclusão social”, anuncia.

De acordo com o candidato, as piscinas serão projetadas para atendimentos de paradesporto, para crianças com necessidades especiais e também para que integrantes da terceira idade possam aproveitar esses espaços.

 

Críticas à gestão Udo Döhler

Durante a transmissão de cerca de uma hora, Krelling fez inúmeras críticas ao atual prefeito Udo Döhler, também integrante do MDB.

Ele ainda defendeu que, em 2020, as pessoas não votam mais em partidos, sim em pessoas. Também garantiu que seu perfil é totalmente diferente de Udo, já que fazem parte de gerações distintas.

“O meu perfil não é de gabinete, não é de ficar dentro do ar condicionado de gabinete despachando apenas com secretários. Meu perfil é estar na rua ouvindo a população […] O meu perfil é de coragem de executar as obras que a cidade tanto carece”, advertiu.

Mesmo fazendo parte do mesmo partido, o candidato citou avanços da atual gestão na educação, saúde e desenvolvimento humano, mas fez questão de frisar que a prefeitura “deixou a desejar” na questão de zeladoria e pavimentação. Além disso, disse que “prioridades foram deixadas de lado nos últimos anos”.

Uma das críticas mais pesadas foi feita em relação as obras de macrodrenagem do Rio Mathias, que segundo ele, foram “mal planejadas, mal executadas e mal fiscalizadas. Na sua opinião, a obra teve  “a boa intenção” de conter as cheias no Centro, mas acabou em “desastre”.

Durante a conversa, Krelling também foi questionado por um leitor sobre não ter concluído nenhum mandato. O candidato comparou com sua rápida ascensão na iniciativa privada e que os cargos anteriores o prepararam para ser prefeito.


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