MP-SC determina suspensão da torcida União Tricolor, de Joinville, dos estádios
Integrantes da organizada foram presos por tentativa de homicídio após agressões em bar
MP-SC determina suspensão da torcida União Tricolor, de Joinville, dos estádios
Integrantes da organizada foram presos por tentativa de homicídio após agressões em bar
- Por Thiago Facchini
- 09/05/2022
- 9:48
O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) determinou, em decisão conjunta com a Federação Catarinense de Futebol (FCF) e Polícia Militar, a suspensão da torcida organizada União Tricolor, do Joinville, dos estádios por um ano. A medida inclui, até mesmo, a proibição da presença em jogos do JEC Futsal.
A decisão vem após a investigação de agressões envolvendo torcedores da organizada JEC contra paraenses, que resultou na prisão de membros. As autoridades entenderam que houve prática dos crimes de tentativa de homicídio e lesão corporal por parte de integrantes da União Tricolor. Na ocasião, 12 membros da torcida organizada foram presos preventivamente. Oito já tiveram liberdade concedida pela Justiça.
A suspensão passou a valer em 5 de maio e permanece em vigor até 5 de maio de 2023. Sendo assim, torcedores identificados com roupas da União Tricolor, com bandeiras, faixas ou quaisquer outros instrumentos da torcida organizada, não podem frequentar estádios no Brasil, independentemente da modalidade e, até mesmo, eventos não profissionais e amistosos.
Resposta da União Tricolor
A reportagem entrou em contato com a União Tricolor. A torcida organizada informou que não irá se manifestar sobre a suspensão em um primeiro momento, pois alega que ainda não foi notificada da medida tomada pelo MP-SC, FCF e PM.
Relembre o caso
No dia 20 de fevereiro, homens encapuzados entraram em um bar no bairro Aventureiro e agrediram torcedores do Remo e do Paysandu. Uma das vítimas, identificada como Wellington Santos, ficou gravemente ferida e foi internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São José durante 26 dias.
A tia da vítima, Francinete Souza, alegou ao jornal O Município Joinville acreditar que os crimes teriam sido motivados por xenofobia. A família de Wellington migrou de Belém (PA) para Joinville em 2018 em busca de melhores condições de vida.
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